-
Luan calma , você vai ficar chateado com isso ? A Jéssica está vivendo a
vida dela , você queria que ela ficasse sofrendo porque não estão juntos ?
- Você não entendeu , a Jéssica
colocou um cara no mesmo teto que o meu filho. Eu não quero isso , Viviane. O
Miguel ficar chamando um desconhecido de pai ?
- Calma meu amor - me sentei na cama e passei a mão pelo o
cabelo inúmeras vezes , aquilo apertou muito o meu coração. – Ele deve ter
confundido.
- Viviane , meu filho só tem um ano e
meio e chamando um desconhecido de pai. Ele vai se acostumar com isso e quando
crescer não vai me ver como o pai dele.
- Não pensa assim , Luan.
Custou para dormir naquele dia , a
Viviane dormiu tranquilamente. No dia seguinte acordei bem cedo e peguei a mala
que já estava pronta. Decidi ir para São Paulo já que não tinha shows , sai da casa da Viviane e liguei para o
Roberval.
Tudo pronto , saímos de jatinho para
São Paulo , os meninos que foram comigo não entendeu bem o que eu estava indo
fazer em São Paulo. Chegando na grande cidade , fomos para o hotel , onde
sempre ficávamos :
- Luan , você venho quatro dias antes
do seu show aqui. Porque ?
- Eu tenho que conversar com a
Jéssica e tenho que ficar com o meu filho.
- Conversar com a Jéssica ? Se
arrependeu da Viviane ?
- Não é isso , cara. Estou ótimo
demais com a Viviane. Mas a mãe do meu filho está colocando um cara no mesmo
teto que o Miguel , e eu não quero isso.
- Cara , não vai arrumar confusão.
- Não vou arrumar confusão , apenas
quero conversar com ela.
- Isso se chama ciúmes.
- Você tá de brincadeira não é ?
Ciúmes ?
- Cara , aquela música que você fez
não foi pra Viviane.
- Claro que foi , seria pra quem ?
- Jéssica ?
- Testa , não inventa coisas. Não
tenho nada com a Jéssica , porque eu iria fazer uma música pra ela ? Será que
ela foi pro trabalho ? Vou no apartamento dela.
- Com certeza há essa hora a Jéssica
está no trabalho.
- Eu vou no apartamento ver o meu
filho.
- Vamos com você , então. A Viviane
vai pirar se descobri que você veio sem ela.
- Deixei um bilhete explicando antes
de sair – passei o número de um taxi de confiança para o Wellington , sempre
andava com aquele motorista quando estava em São Paulo e queria ir para um
lugar , onde fosse ‘’ seguro ‘’ pra mim.
A recepção do hotel ligou para o meu
quarto me comunicando. Dentro do taxi , estava , Roberval e Wellington ,
partimos para o prédio onde deixei o apartamento para a Jéssica. Ela gostava
daquele lugar e o seu ‘’sonho ‘’ era morar sozinha.
Chegamos no prédio e não era o mesmo
porteiro , o que quase não me deixou subir para o apartamento , tinha sido
ordens da Jéssica :
- Eu sou o pai do filho dela. Ela
saiu com ele ?
- Não , ela saiu sozinha foi ao
trabalho. Mas me pediu que eu só deixasse subir o seu pai e a sua madrasta , são
ordens , me desculpa. Mas você pode esperar , ela daqui a pouco está chegando ,
porque tem que levar o carro dela no mecânico.
- Jéssica de carro ?
- É , podem entrar ficar aqui na
portaria. Assim me faz companhia.
- Jéssica dirigindo ? Ela tem um
trauma disso , como ela conseguiu ?
- Um rapaz vem sempre aqui visitá-la
e uns meses atrás ele a ensinou a dirigir , mas agora ela está em uma auto
escola , pra poder tirar sua carta.
- Um rapaz ? E o senhor pode me falar
mais sobre esse rapaz ?
- Luan , é melhor irmos embora –
disse Wellington.
- Não , eu vou esperar ela aqui.
- O rapaz , ele vem sempre aqui , leva a
Jéssica pra sair , o filhinho dela também.
- Miguel sai com eles ? Juntos ?
- É , esses dias ele trouxe um
carrinho pra ele e foram passear por aqui perto.
- Um carrinho ?
- É aqueles que coloca a criança
dentro e sai empurrando , e eles ficam meio que dirigindo – sentei e perguntei
mil e uma coisa para o porteiro , que era engraçado.
Ficamos um bom tempo esperando a Jéssica
chegar , Roberval foi em uma padaria próxima e nos trouxe sonho. Ás 11h da
manhã , vejo ela saindo de um carro preto , sorridente fechou a porta , mas
buzinaram e ela voltou , a pessoa que estava dentro do carro abaixou a janela ,
mas deu para vem que era :
- Não amor , mais tarde eu te ligo e
combinamos – ela acenou e o carro foi embora.
- Dona Jéssica , bom dia – disse o
porteiro indo abrir a porta para ela.
- Não vem me chamar de Dona , pelo
amor de Deus – como sempre simpática.
- Tem visitas , como você me pediu eu
disse que esperasse aqui embaixo.
- Visita ? Mas quem é ?
- Oi , Jéssica – ela estava de costas
para mim , quando me olhou assustada.
- Luan ? O que está fazendo aqui ?
Nenhum comentário:
Postar um comentário