domingo, 31 de março de 2013

Capítulo 120


Liguei para a Juliana que trabalhava no escritório do Luan e pedi que ela entrasse em contato com sua tia , ela trabalhava com flores e eu queria encher a casa de flores para receber o Miguel , precisava de um lugar lindo , meu filho merecia beleza.
Ás 18h comecei a organizar minha bolsa e a bolsinha do Miguel , liguei para o meu pai que já estava vindo para  o meu apartamento com a Ana Paula , pedi que ele passasse em um super mercado e comprar comida e a última coisa que faltava no quarto do Miguel , a sua cortina , que o Luan tinha mandado fazer com a nossa foto , uma sessão de foto que fizemos há um tempo atrás. Ás 18:40 as contrações começaram a pegar. A Dona Fátima , minha vizinha que sempre foi um amor comigo , foi até a minha casa me levar um pedaço de bolo de banana , que ela sabia o quanto eu adorava e sempre comíamos todas as tardes , ela me fazia companhia. E foi quando me encontrou daquele jeito sentindo contrações , ela insistia em fazer uma sopa pra mim , ela dizia que eu precisava comer bem para ter forças. Combinamos que eu iria sim tomar a sopa dela , fiquei na sala puxando e soltando a respiração.
Eu só queria sair dali quando o Luan estivesse do meu lado , indo comigo para o hospital e assistindo o parto do seu filho. E para o meu pai não me levar imediatamente para o hospital , eu teria que mentir sobre as contrações.
Enquanto tomava a sopa meu pai chegou com a Ana Paula , fiquei quieta e ia me encolhendo quando vinha uma contração e dava umas colheradas nos intervalos.
Dona Fátima , Ana Paula e o meu pai ficaram conversando já que eu não mostrava em ter nenhuma dor , ou alguma contração. Na verdade eu sentia , mas não iria sair dali.
Ás 20h o Luan chegou com o Roberval , meu pai cumprimentou ele que em seguida veio ao meu encontro , sentando ao meu lado , segurando a minha mão e beijando a minha testa , já o olhei com lágrimas nos olhos , agora sim eu teria o nosso filho. Roberval , também me cumprimentou e começou a gravar aquele momento.
A partir daquele momento a dor começou a pegar. Eu buscava posição tentando encontrar alivio , caminhava , agachava , apoiava no sofá de joelhos :
- Vamos para o hospital  - disse o Luan.
- (risos) Você vai cansar , Rober – dizia tentando colocar um sorriso em meu rosto. Dentro do carro a Ana Paula foi ao meu lado , o Luan na frente ao lado do motorista que era o meu pai , Roberval também comigo. Dona Fátima , ficou no meu apartamento , arrumando a bagunça que eu tinha feito.
Chegando no hospital , me levaram para um quarto que já estava reservado para mim e as dores ainda forte , trouxeram cobertor , almofada , edredom , montaram um ninho pra mim no sofá daquele quero. Mas não era lá o meu ninho , eu corri para o banheiro , sentei na privada e lá fiquei. Pedi para me deixarem sozinha , mas segundos depois bateram na porta , me entregando chá , mesmo não gostando eu tomei um pouco , pedia para escutar o coração do Miguel , cronometrava as contrações , até que uma hora pedi para ir para o chuveiro. O meu médico chegou , sempre engraçado nos fazendo rir , pediu que a enfermeira me entregasse uma bola e enquanto eu tomava banho ficasse sentada em cima daquele boa , as contrações iria aliviar.
Mas achei um saco aquela boa e não quis mais , a enfermeira me trouxe uma cadeira bem baixinha de plástico. Estava de top e de calcinha apenas embaixo do chuveiro , me deixaram sozinha com o Luan , ele mexia no celular e evitava me olhar enquanto eu sentia a água escorrer. Quando senti algo diferente , um ploft. Comecei a gritar para o Luan que alguma coisa tinha acontecido :
- O que ? Aconteceu o que  , Jéssica ?
- Eu não sei ... – era um medo grande tomando conta de mim , até que eu entendi que a bolsa tinha rompido. Nessa hora eu fiquei em pânico , me tiraram do chuveiro, a enfermeira pediu que eu colocasse uma roupa especial. O meu médico Gomes chegou novamente no quarto e pediu que eu ficasse calma.
- Não precisa ficar nervosa , tá todo mundo aqui do seu lado , tudo vai dá certo. E daqui a pouco você vai está com o seu bebê em seus braços , não é papai ? – ele olhou para o Luan que sorriu e acenou a cabeça , afirmando. – O papai do Miguel é famoso , por isso que ele quer vim logo pra conhecer o papai dele.
Todos riram , ele era um médico bom , não me deixava tensa quando falava comigo :
- Daqui a pouco venho aqui te buscar. Você vai entrar com ela , Luan ?
- Vou sim , eu e o meu amigo aqui que vai gravar.
- Daqui a pouco vão vestir as roupas especiais.
- Pode deixar ...

sábado, 30 de março de 2013

Capítulo 119


Passou um tempo e eu só me comunicava com a Marizete e Bruna por telefone , o Luan estava fazendo muitos shows , depois da nossa última briga não conversamos mais. E eu sentia que teria aquele filho sozinha , já que nem falando com o Luan , estava. Seria complicado , mas a Ana Paula estava do meu lado.
Meu pai irritado com a situação que estava entre eu e o Luan , me deu maior bronca :
- Se você ama o Luan de verdade , Jéssica. Você precisa confiar nele , eu não vejo o Luan fazendo nada pra você desconfiar dele , o cara estar sempre presente quando pode , quando não tem shows ou outros compromissos. Ele precisa sair com os amigos também , se divertir. Mas você só quer que ele fiquei ao teu lado , sempre.
- Pai , ele nunca mais saiu comigo. Só vive com os amigos , eu tenho o direito de desconfiar dele , por isso mesmo. Por sempre chegar em casa diferente e por nunca me convidar para sair , o único lugar que ele me chama , é quando tem churrasco na casa do Sorocaba. Não aguentava mais e quando me mandaram aquela mensagem , pedindo que eu tomasse cuidado que ele estaria me traindo , é que eu desconfiei mais ainda e fui atrás mesmo.
- E pagou de ridícula na frente de todos naquela boate , não é ?
- Fagner , não discuti com a Jéssica.
- Não estou discutindo com ela , Ana Paula. Apenas tentando abrir os olhos da minha filha , ela fez uma coisa errada , eu estou do lado do Luan. Ela não deveria ter feito isso e olha o que aconteceu , o noivado acabou , ele foi pra casa dos pais ...
- Ele só quis dá um tempo – falava Ana Paula.
- Vamos ver o que esse tempo vai resolver.


{ ... }

Depois que o Luan voltou a morar com os seus pais , eu me sentia sozinha mesmo estando com a Ana Paula , mesmo algumas pessoas indo me visitar , eu me sentia sozinha. Pois eu precisava dele , todos os dias eu chorava com saudades , todos os dias eu sonhava com ele. Não queria ter o nosso filho sem ele do meu lado , mas parece que tudo iria acontecer dessa forma.
Quando completei o nono mês da gestação já era março do ano seguinte , eu torcia para que o Miguel nascesse no mesmo dia que o seu pai. Porém , algo estranho começou acontecer  no dia 12 de março , quase um dia para o aniversário do Luan.
Acordei já no final da tarde , por ter dormido na manhã daquele dia , pensando e procurando coisas para fazer, estava sentindo algo parecido como uma cólica. Fui até o banheiro e comecei a sentir dor de barriga. Aquilo me fez acordar mais ainda e despertar as ideias de que o meu trabalho de parto estava começando e dentro de mim já tinha certeza que meu filho nasceria em breve. Nosso encontro estava próximo , mas eu precisava de alguém ao meu lado naquela hora , era o Luan.
Liguei para a Ana Paula e contei o que estava sentindo , eu nunca havia tido contrações em minha vida , perguntei se seria mesmo sinal de trabalho de parto. Ela confirmou , mas disse para eu ficar tranquila , podia demorar para engrenar. Pediu que eu fosse descansar e levar vida normal. E naquela hora senti uma vontade imensa de passear com o Lippe , eu sabia que ele iria ficar sem andar um tempo comigo depois do nascimento do Miguel e queria aproveitar e ela disse que podia sim , andar a vontade. Tomei um banho ainda sentindo aquela cólica chata , coloquei um vestido e fui passear com o Lippe que estava quieto , parecia saber que eu não poderia fazer tanto esforço. Sai para a primeira caminhada do dia , eu , o Lippe , minha barriga , as contrações , minha ansiedade e alegria , e o medo meu grande companheiro.
Voltando para casa preparei um almoço para mim e depois de comer liguei para o Roberval , ele ia fotografar meu parto e estava em Londrina , por isso precisava ser avisado meio logo. Expliquei que o trabalho de parto tinha começado ,
mas que poderia demorar. Ele com certeza avisaria ao Luan sobre isso.
Depois disso fui sentindo meu corpo e ia percebendo a intensidade das contrações aumentarem. Alguma coisa vinha lentamente , mas tinha uma força diferente agindo em mim , uma agitação de água , de vida. Eu pensava no Miguel e ficava feliz iríamos nos ver logo , eu queria sentir seu cheiro , sentir o calor , conhecer seu rosto , seu corpo. Fiquei sentando no sofá pensando e tudo isso.
Caminhei mais um pouco com o Lippe e quando voltei para casa , o Luan tinha me mandado uma mensagem , meu coração bateu mais ligeiro ainda eu precisava dele naquele momento ao meu lado :
*O testa me contou !!! Estou indo com ele ... Fica calma , não faz nenhum esforço , pelo amor de Deus. Eu tô chegando , beijos te amo – ele disse que me amava , as lágrimas automaticamente rolaram pelo o meu rosto. 

sexta-feira, 29 de março de 2013

EXTRA


- Cunha não fica assim , tudo isso vai passar. Mas olha , você não deveria desconfiar do Luan , ele nunca te trairia , Jéssica. O Luan não suporta traição e acha que ele faria isso com você ?
- Não sei  , eu ... eu não sei o que me deu pra fazer isso , Bruna. Eu realmente não deveria ter ido naquela balada , ter tomado essa atitude , na frente dos amigos dele. Eu fiquei realmente muito envergonhada depois.
- Tenta conversar com ele , temos que fazer o chá de bebê desse pequeno príncipe. E nesse dia é assim , é só uma festinha para as mulheres mesmo , mas vamos abrir uma exceção , vamos chamar os homens , meu pai , o Luan ... Vocês tem que conversar.
- Só você mesmo , inventa cada coisa ...
Peguei o meu celular e fiquei mexendo um pouco , até escutar um barulho de um flash , olhei e a Bruna tinha tirado foto com a mão na minha barriga.

* E a titia não vê a hora de  sentir o cheirinho  desse príncipe – ela tinha postado em seu twitter aquela foto , tinha ficado bacana.
- Percebi uma coisa ...
 - O que ?
- Sem aliança , Jéssica ?
- Eu tinha comprado aquelas massinhas de fazer bonequinho , já que o seu irmão me despediu sabe ? Não tinha nada para fazer , fiquei aqui fazendo uns bonequinhos que não deu muito certo. E tirei a aliança , deixando esse anel aqui que eu comprei há um tempo.
- Aí , aí Jéssica ... – ela sorria.
- (risos) Não fiz nada , você postou a foto assim ?
- Postei e só agora que percebi que estava sem aliança. Vai ter tantos comentários , se prepara , amiga.
Bruna estava ali em São Paulo justamente para preparar o chá de bebê , ela quem preparou tudo , a Marizete só chegaria no fim da tarde com o Luan e o Amarildo. O Luan só chegaria em São Paulo mesmo , para uma reunião no escritório , mas não sabia se ele iria aparecer no chá de bebê. Recebi a Marizete e pedi que ela deixasse Bruna dormir ali , óbvio que deixou , iríamos ligar para as meninas que organizava os chás de bebês na cidade , era um blog muito famoso e as decorações era incrível , me encantei.
No dia seguinte , Bruna me acordou cedo , nos arrumamos e pegamos um taxi para ir até a lojinha da moça do blog , que se chama Clarita , não era apelido , era o nome dela mesmo. Clarita nos recebeu muito bem e nos mostrou como tinha planejado a decoração para o chá de bebê do Miguel.
Eu e Bruna amamos e combinamos o horário , que ela iria para o apartamento. Os doces e salgados , já estavam encomendados , o meu pai pegaria o bolo com a Ana Paula e as outras coisas que iria precisar. Tanta gente envolvida naquilo e só faltava uma pessoa , o Luan. Quando cheguei no apartamento , corri para o banheiro , tinha enjoado e fiquei sentada em frente ao vaso sanitário por um tempo , deixe com que as lágrimas tomassem conta do meu rosto , eu estava com saudades dele , mas ambos eram orgulhosos demais. Apesar que eu quem tinha feito aquela briga entre nós.
Clarita , chegou no meio da tarde com sua trupe , organizou muito bem a sala do meu apartamento , colocando sua decoração , arrumando do jeito que tínhamos combinado. Meu pai , chegou com a Ana Paula com os doces e salgados , atrás a Marizete e o Amarildo , abracei os dois forte :
- O Luan vem hoje – disse a Marizete sorrindo e piscando olho pra mim.
- Que bom – todos se juntaram e organizaram o restante do que faltava e por fim , estava lindo , já era seis da noite , meu pai com a Ana Paula foram para o outro apartamento , onde iríamos se arrumar , Marizete e Amarildo foram para o hotel junto com a Bruna , e eu fiquei sozinha. Levei o Lippe , para o quintal.
- Fica aqui tá meu amor , depois no meio da festa eu te solto. Se eu te deixar lá , você vai colocar os convidados todos pra correr – sorri alisando seu pelo.
Tomei um banho quente , relaxante e quando sai do banheiro , coloquei um vestido preto com branco em listas , ele tinha a manga bem cumprida e quando me olhei no espelho , a barriga estava um tanto grande. Miguel começou a se mexer sem parar :
- Ficou alegre meu amor ? Comemorar , que hoje é uma festinha pra você – sequei o cabelo , passei maquiagem e coloquei uma sapatilha estava pronta.
Entre os convidados estava a Dona Fátima , minha vizinha , Roberval me comunicou que iria levar uma menina , que estava conhecendo e que a encontrou em São Paulo passando férias com sua família. Não vi problema algum , mas convidados. O Sorocaba , Fernando e a Mikelly , entre outros.
Roubei um docinho e fui abrir a porta quando a campanhia tocou , Bruna entrou me mostrando apenas a embalagem do seu presente , em seguida Marizete e o Amarildo também com presente. E por último ele ... Sim o Luan , que estava lindo de calça jeans clara , blusa vermelha , tênis e o seu famoso cabelo espetado , sorriu pra mim e eu repeti o gesto :
- Tudo bem ? – ele perguntou me dando um abraço e um beijo no rosto.
- Sim , pode entrar fica a vontade.
- Obrigado ! Trouxe pra você , vou colocar lá no quarto do Miguel.
- Tá bom , depois eu olho – quando ia fechando a porta .
- Opa ! Olha eu aqui ... – Roberval tinha chegado com a menina.
- Roberval , fica a vontade pode entrar. Tudo bem ? – perguntei para os dois que me cumprimentaram. E me entregaram também presente.
- Que barrigona , muito linda você pessoalmente.
- Obrigada , você que é linda.
- Deixa eu apresentar , essa aqui é a Kermelly e acho que você conhece ela não é ? – Roberval perguntou para a menina.
- Prazer , Kermelly. Pode entrar fiquem a vontade – recebi os outros convidados que chegaram de uma vez só , o Max chegou por último trazendo sua namorada. Todos se sentaram e a Bruna me levou para ver os presentes.
Em seguida tirei uma foto da decoração :

* Chá de Bebê do Miguel !!!
No meio da festinha , conversei com o Luan o que não deu em nada , na verdade decidimos pensar mais um pouco se seria aquilo que queríamos um para o outro , morar juntos , casar se possível. 

Capítulo 118


Iria em um voo comercial para Londrina mesmo , liguei para o Rafael do escritório naquela noite , ele até se assustou com a minha ligação , mas eu precisava de uma passagem para aquela madrugada. E ele tinha que me ajudar. Horas depois , ele me ligar , falando que já tinha conseguido comprar a minha passagem , pedi que ele me pegasse no apartamento e ele combinou que iria sim , mas não me perguntou o porque , talvez pelo o meu tom de voz , ele percebeu algo.
Sai do quarto e a Jéssica estava deitada no sofá com os olhos avermelhados e bem inchados , como ela sempre ficava quando chorava :
- É ... o Anderson ... ele ... – fiquei nervoso. – Ele ... arrumou uma nova assessora , já que você está grávida , precisa descansar e ...
- Como assim ? – ela perguntou sentando no sofá. – Como assim ? Despedida ?
- Ele só pediu que eu falasse isso.
- Como sempre você faz o que te pedem , te dão ordem é tudo diferente ...
- Shii ! Fica quietinha , Jéssica. Fica calminha , por favor. Luan , depois o Anderson conversa com a Jéssica não é ? Hoje essa conversa não é muito boa.
- Tem razão ,me desculpa – sentei no chão e chamei o Lippe , fiquei fazendo carinho nele , Jéssica se levantou e saiu indo para o quarto batendo a porta com força.
- Ela gosta tanto de você , muito mesmo.
- E a senhora não sabe o quanto eu gosto dela também. Mas eu não posso morar com uma pessoa que não confia em mim , toda vez que saio com os meus amigos , a Jéssica fica desse jeito. Eu sempre deixei bem claro , que nunca a trai e nunca faria isso com ela , porque eu a amo muito.
 - Luan , a Jéssica teve uma infância muito complicada desde que a mãe dela morreu. Ela evitava algumas pessoas que se aproximava dela , até na faculdade , você sabe quem são as amigas dela , Nathalie  e Débora. E quando a Jéssica te conheceu foi amor a primeira vista – Ana Paula sorriu. – Ela se apaixonou na primeira vez que te viu e adorava muito conversar com você todas as vezes que você a chamava para o quarto e conversar. Depois ela se decepcionou com você , sabe aquela história da aposta , magoou demais. E depois veio o Eduardo que foi um ótimo namorado para a Jéssica , não é dizendo que você não foi ou não é ... Mas o Eduardo , tentou tampar o buraco no coração dela , que você fez quando a magoou. Porém , a Jéssica te amava e decidiu terminar com ele , para ficar com você. E vocês começaram a namorar , viveram muitos momentos bacanas e quando ela engravidou você deu uma esfriada. E o maior medo dela , é te perder , o maior medo dela é abrir os olhos e ver que o amor que você sentia por ela , era apenas ilusão , apenas sonho.
- O meu maior medo é esse também , Ana Paula.
- Será mesmo , Luan ?
- De verdade , eu não sei o que ela vai decidir quando eu voltar da casa dos meus pais. Mas eu tenho medo que seja , um fim ,  não sei. Não quero pensar nisso ...
- Vocês se amam ... – sorri para ela , sai da sala e fui colocar ração para o Lippe , brinquei um pouco com ele , em seguida tomei um banho , no banheiro da casa mesmo. Não entrei no quarto , apenas Ana Paula entrou e pegou a minha mala.
00:00 Rafael passou no apartamento , me despedi da Ana Paula pensei muito antes de ir até o quarto e também me despedir da Jéssica. Preferi não ir e foi assim que eu fiz.
Rafael ficou comigo no aeroporto , sempre cuidando olhando as pessoas que não tinham me reconhecido por eu estar de toca e sim de óculos escuro. O meu voo foi chamado , me despedi do Rafael e fui para o avião. O voo foi tranquilo , sem nenhuma turbulência , quem me esperava em Londrina era o meu pai.

{ ... }

- Deveria ter ficado em São Paulo com ela , Luan. A Jéssica está grávida e precisa de você , imagina se ela tem o seu filho agora ?
- Não fala isso , pai. A Jéssica ainda tá no sétimo mês.
- Mas pode acontecer ...
- Eu não poderia ficar no mesmo apartamento que ela , sabendo que tudo iria voltar ao que eu não quero que volte. Ela , brigando por eu ter saído , desconfiando de mim.
- Deu algum motivo para ela desconfiar de você ?
- Pior que não , não dei nenhum motivo ou se dei não lembro.
- Sua mãe vai conversar com você ... – fiquei em silêncio quando pude ver a minha casa de longe. Fazia um tempo grande que não passava uns dias ali.
Como o meu pai me disse , a minha mãe assim que me viu já foi puxando assunto e eu conversei sobre o que tinha acontecido , levando uma bronca por deixar a Jéssica sozinha no apartamento. Apesar que ela não estava sozinha e sim com sua madrasta.
Depois de conversar , fui para o meu quarto tudo estava organizando , minha mãe como sempre arrumando minhas bagunças. Coloquei a mala ao lado do closet e me joguei na cama , tirando a minha roupa , ligando o ar condicionado e me cobrindo com aqueles edredons enormes. Senti uma falta da Jéssica naquele momento , quando estava com ela , sempre dormia abraçados , ela pedia por causa de sua barriga era mais confortável e eu dormia sentindo o meu filho chutar , era bom. 

quinta-feira, 28 de março de 2013

Capítulo 117


{ Sétimos mês de gestação }

- Não aguento mais.
- O que você está fazendo aqui ainda então ? Se não aguenta , some.
- Sabe , é isso mesmo que eu vou fazer. Ultimamente as coisas estão andando por um caminho totalmente errado , Jéssica.
- Você que está fazendo com que o nosso relacionamento
ande por um caminho errado.
- EU ? Tem certeza que sou eu ? Você me apronta uma dessa e eu que estou fazendo com que o nosso relacionamento ande por um caminho errado ? – estávamos discutindo porque tinha ido em uma despedida de solteiro de um amigo. Era apenas um show de uma dupla em boate , a Jéssica me apareceu naquela boate grávida.
Me fez voltar pra casa pois estava discutindo com uma moça que pedia que ela se retirasse da boate , pois mulheres grávidas não poderia estar naquele ambiente.
- Eu aprontei ? Você que aprontou comigo ,  mentiu pra mim Luan Rafael. Não é de hoje que você mente pra mim , pra poder ir nessas festinhas que tem mulheres sempre aos seus pés , sempre relando em você.
- Jéssica eu sou uma pessoa pública , o que eu vou fazer ?
- Ficar aqui com a sua mulher que estar grávida , seu filho estar quase nascendo. E durante toda essa minha gestação , você não me surpreendeu em nada como eu esperava. Sabe , eu esperava um Luan romântico como ele era antes de saber que eu estava grávida , sempre me surpreendendo com tantas declarações. E agora estar sendo raro eu ouvir um ‘’ eu te amo ‘’ de você. Eu que não aguento mais , Luan.
- É melhor eu arrumar minhas coisas , fico em um hotel precisamos esfriar a cabeça. Amanhã conversamos e ... vamos saber o que queremos para nós.
Sai do sofá e fui para o quarto , onde peguei uma mochila e coloquei algumas peças de roupa. Liguei para um taxista conhecido e só sai do quarto quando o interfone tocou seria o porteiro avisando do taxi. Passei pela a sala e encontrei a Jéssica chorando , com o Lippe ao seus pés , aquela cena machucou demais meu coração , mas eu preferi fazer aquilo , cada um pensaria no que tinha feito ,
no que tinha falado um para o outro.
Entrando no quarto do hotel me joguei na cama e fitei o teto , aquilo tudo estava me atormentando , não sabia que morar junto dava tanto trabalho. Também não sabia que a Jéssica era tão possessiva , estava sempre no meu pé querendo saber com quem eu andava , porque as mulheres ficavam perto de mim. Se ela tinha ficado chateada apenas com aquela coisa , da balada , despedida de solteiro , imagina quando eu fosse lhe contar que o Anderson tinha colocado uma outra assessora no lugar dela , por causa da gravidez. Eu seria uma pessoa completamente morta.
- Cara , mas eu não trai ela em nenhum momento – dizia no telefone , conversava com o Roberval que estava em Londrina com sua família.
- A Jéssica mudou muito depois dessa gravidez.
- Mudou demais , ela quer mandar em mim o tempo inteiro.
- (risos) Acho que é cuidado , não é mandar bem assim ...
- Testa , você tinha que ver o que ela fez hoje. Sem cabimento , eu lá me divertindo com o Bruno , que vai casar esse final de semana , quando olho para o lado a Jéssica. Ainda brigou com uma mulher que mandava ela ir embora , porque estava grávida.
- (risos) Ela discutiu com uma mulher ? Porque eu não fui ? – ela ria.
- Não tem graça , testa. Foi tenso , todo mundo olhando ... Tive que tirar a Jéssica de lá rápido , quase batia na mulher.
- Mas o que essa mulher fez ?
- Ela começou a falar umas coisas lá ...


{*FlashBackOn}

Olhava os meninos que estavam no palco , cantar uma moda muito apaixonada. Era despedida de solteiro do Bruno , um amigão que tinha em São Paulo. Ele se casaria no final de semana e como respeitava bem sua noiva , não quis essa coisa de mulheres , também lhe dei um conselho  e combinamos de ir para uma boate sertanejo , apenas com os nosso amigos mais próximos. Peguei uma bebida e quando estava dando o primeiro gole , olhei para o lado e vi uma mulher com uma blusa branca com cabelos preto e de costa para mim , discutia com outra mulher :
- Olha lá , duas mulheres brigando aqui no camarote logo – dizia um dos amigos.
- Eu estou grávida e não doente , você deveria cuidar de sua vida ao invés da minha. Não tem vergonha ficar falando da vida alheia ?
- Você não deveria estar aqui , aliás quantos anos você tem ?  Parece ser menor de idade , vou ter que chamar os seguranças. Essa balada é apenas para maiores.
- Você me chamou de criança ? O que ? Não sei bem o que você quis dizer. Primeiro me ofende dizendo que eu não deveria estar aqui por eu estar grávida ...
- Jéssica ! – falei olhando rápido e entregando o meu copo para o Bruno , tinha reconhecido a voz não estava tão longe aquela briga. Fui pedindo licença para as pessoas que estavam em minha frente. – Jéssica ? O que está fazendo aqui ?
- Você conhece essa mulher , Luan ? Muito baixa – dizia uma loira alta.
- Então você está aqui mesmo ? Bom saber , só vim aqui pra ter a certeza.
Jéssica empurrou a loira que quase caia por cima dos seus amigos , enquanto ela andava até a porta do camarote , fui correndo para alcançá-la :
- Luan , Luan ! Vai onde cara ?
- Tenho que ir parceiro , depois eu te ligo explicando.
- Tudo bem ... Não vai levar o copo ?
- Não , não ! Minha mulher ... – apontei para a Jéssica que estava pedindo passagem para um dos seguranças , fiz uma careta e ele sorriu. Ela entrou em um taxi e eu entrei ficando ao seu lado , o motorista até se assustou.
- Sai eu peguei esse taxi primeiro , pegue outro.
- Jéssica , vamos parar com isso. O que você foi fazer lá ?
- Só queria ter a certeza de que você estava em uma despedida de solteiro com seus amigos e aquelas mulheres em volta. Desnecessário isso ...
- Desnecessário o que você acabou de fazer – e assim começou a briga até chegar ao nosso apartamento. Eu realmente não aguentava a desconfiança da Jéssica.

{*EndFlashBack}

Pedi algo para comer no quarto mesmo , e enquanto comia liguei para a Bruna pedi que ela conversasse com a Jéssica , assim ela ficaria mais calma , pois estava sozinha no apartamento e fiquei preocupado em deixá-la sozinha. Também liguei para a Ana Paula que sempre me ajudava nessas crises da Jéssica , por telefone falou que iria para o apartamento ficar com ela. No dia seguinte , acordei tarde tomei um banho quente , coloquei uma roupa e peguei o mesmo taxi que me deixou ali , óbvio que na recepção falei com algumas pessoas que pediram foto e autógrafos.
Dentro do elevador indo para o apartamento , liguei para o Bruno e expliquei o que tinha acontecido , porém ele me falou que já sabia de tudo e que era notícia em sites de fofocas. Desliguei antes que ele falasse algo. Entrando no apartamento encontrei a Jéssica chorando novamente e a Ana Paula com um copo de água para ela :
- Boa tarde , Ana Paula.
- Boa tarde , Luan ... – ela fez gestos , pedindo que eu olhasse o notebook.
Peguei e encontrei a notícia não agradável :
‘’ Noiva do cantor Luan Santana , arruma briga em boate sertaneja ‘’
- Ele vai discutir comigo – ouvi ela dizer para a Ana Paula.
- Eu deveria mesmo discutir com você sobre isso ,  Jéssica. Eu queria saber porquê ... Só porque você foi naquela boate e brigou por nada com aquela mulher ?
- Me mandaram uma mensagem ...
- Ah , parou aqui então ... Não quero escutar mais , entendi tudo já. Só queria saber o porque que continua comigo ? Acaba , mas não faz isso – caminhei até o quarto com o Lippe atrás de mim , porém parei e voltei a encarando. – Eu tenho coragem de terminar tudo isso , sabia ? Se é isso que te falta ... coragem. Relacionamento sem confiança não existe , e é isso que está acontecendo com o nosso noivado , com o nosso quase casamento , se acabando porque você ... Não confia em mim. Vou voltar a morar com os meus pais , quem sabe assim você pense no que fez com o nosso relacionamento. Pra mim , já deu – falando aquelas palavras para a Jéssica ,  me doeram demais , mas eu tinha que acabar uma ‘’coisa’’ que não andava mais como antes. Eu simplesmente não sabia o que estava acontecendo , se eu era o errado ou a Jéssica que estava errando com sua desconfiança e maltratando tudo o que passamos.
Peguei uma mala e enquanto tentava fazê-la , as lágrimas escorregavam pelo o meu rosto. Tudo o que eu vivi com a Jéssica até aquele momento , foi intenso , um relacionamento muito profundo , nunca tinha me dedicado tanto em um relacionamento como esse , em declarações de amor , em pedido de noivado , em morar juntos , eu não fantasiei nada , eu só fiz ... Eu só a queria do meu lado em todos os momentos , em todas as horas. 

quarta-feira, 27 de março de 2013

Capítulo 116


O pai do Luan chegou algumas horas depois , foram para o condomínio do Sorocaba para um churrascão. A Jéssica tinha muita vontade de dirigir , tentou algumas outras vezes , mas não deu muito certo , o seu pai também teve que ir para Bolívia , já que ele era gerente de vendas e estava sempre negociando algo em outros lugares , em outros países. O amigo do Luan que estava na casa do seu amigo , Sorocaba , tinha um carro automático , que era bem fácil para poder ensinar a Jéssica. Como ela sabia disso , ficou insistindo para o Luan falar com o seu amigo , pedisse aquele carro emprestado e ali no condomínio mesmo treinar um pouco , Bruna que estava conversando com a Jéssica e viu a vontade grande que a cunhada estava de aprender a dirigir , também pediu para o Luan.
O seu amigo muito bondoso , entregou as chaves
e foram para as ruas do condomínio :
- Preparada ? – Luan perguntou incerto observando a Jéssica ir se acalmando aos poucos enquanto posicionava as mãos no volante do carro. Ela concordou vagamente com a cabeça e ele respirou fundo. – Ok , fica calma não é nenhum bicho de sete cabeças.
- Eu sei – Jéssica engoliu seco tentando não deixar a respiração ficar desregulada. Ela odiava ter tanto medo de fazer aquilo , um dia ela teria que aprender a dirigir. Ela não podia viver sempre assustada e com medo de que um acidente acontecesse e a machucasse.
- Certo – Luan começou. – O carro é automático , então não existe embreagem e nem marchas , você apenas precisa pisar no freio e no acelerador. Cuidado porque os dois , digamos ... funcionam muito rápidos. Você não precisa pisar com força – Jéssica ouvia tudo atentamente e concordava vez ou outra com a cabeça. – O volante você vai sempre girar para a direção que você quer seguir , mesmo que esteja dando ré. As marchas desse carro você só vai usar em casos extremos. Em ladeiras muito íngremes ,
por exemplo , você usa a primeira marcha.
- As setas para cima é direita e para baixo é esquerda , a luz liga aqui no canto e o limpador controla aqui. – Jéssica sorria vendo o Luan concordar com o que ela estava dizendo. – Algumas coisas eu lembro – falou tentando não deixar imagens da sua última desastrosa tentativa de dirigir invadirem sua mente.
- Não vou comentar nada , porque eu não sei – Bruna falou.
- Acho que você pode começar – Luan sorriu lhe passando confiança enquanto a Jéssica batia os dedos ansiosamente no volante. Ele apontou o freio de mão e ela fez um gesto com a cabeça concordando.
Respirou fundo uma última vez antes de empurrar o freio de mão para baixo e ir tirando o pé do freio aos poucos. Olhou os retrovisores reparando na rua vazia e agradecendo mentalmente por não ter ninguém :
- Amor , pode acelerar – Luan falou receoso.
Com mais cuidado que o necessário , Jéssica pisou no acelerador fazendo-o sair lentamente do lugar. Ela foi pisando com um pouco mais de força , até atingir a velocidade que considerou razoável. Luan observou o ponteiro marcar 30km/h e sorriu achando engraçado o medo da Jéssica de andar um pouco mais rápido. Um carro os ultrapassou ( no condomínio ) buzinando e a Jéssica pisou no freio fazendo Luan voar pra frente do carro por estar sem cinto de seguranças.
Bruna ria no banco de trás :
- Meu Deus  ! Aí meu Deus , o que eu fiz ? Você se machucou ? – ela se desesperou tirando o pé do freio.
- Não , não tira o pé do freio ! – Luan falou um pouco mais alto fazendo-a colocar novamente o pé no freio e o olhar com medo. Ele lhe ajudou a encostar o carro , colocou no ponto morto e puxou o freio de mão. – Ok , agora você já pode tirar – falou mais calmo e respirando fundo.
- Desculpa – Jéssica sussurrou encarando as mãos que estavam no volante.
- Amor , você não pode se assustar com cada carro que passar buzinando por você. As pessoas andam no mínimo á 50 e você estava em 30. E você não pode parar o carro e tirar o pé do freio , ele vai recomeçar a andar.
Explicou calmamente vendo a Jéssica concordar em silêncio :
- Quer tentar de novo ?
- Não – respondeu simplesmente olhando para o lado de fora da janela. O medo estampado em sua face e dominando o seu interior. Luan ficou em silêncio por algum tempo deixando que a Jéssica se acalmasse ou que o medo a abandonasse , mas ele duvidava que aquilo fosse acontecer.
Jéssica ainda estava traumatizada com o que tinha acontecido com a Nathalie : Ela tinha sofrido um acidente de carro , quando estava indo ver com que o seu ex-namorado se encontrava. Acabou sofrendo fortes lesões nas pernas  e agora estava em fisioterapia para voltar a andar como antes :
- Eu não consigo – a voz fraca da Jéssica preencheu o silêncio fazendo com que ele a olhasse e percebesse seus lábios trêmulos.
- Não precisa fazer isso se não quiser – Luan falou calmamente.
- É , Jéssica. Não ficanervosa , não faz bem pro seu bebê.
- A gente vai ter todo tempo do mundo pra isso , amor. E você só tem 21 anos , tem a vida inteira pra tentar dirigir.
- E se eu nunca conseguir ? – ela finalmente virou o rosto para encará-lo e deixou uma lágrima correr por seu rosto.
- Ônibus , taxi , metrô , seu pai , Ana Paula , eu , os meus pais existem pra isso.
Luan falou de uma forma engraçada arrancando um riso baixo das meninas :
- É tem tudo isso , cunha ... – Bruna tentava alegrar a cunhada.
- Mas sério , amor. Você não é obrigada a saber dirigir , se você não se sente bem com isso , então ninguém vai te forçar a nada.
- Sei disso – concordou voltando a olhar a rua do lado de fora.
Luan tomou o lado da Jéssica e voltaram para casa :
- Tirei uma foto sua , cunha – Bruna mostrava para a Jéssica.
- Deixa eu ver ...
- Aqui , acabei de postar – disse ela rindo.
- Não acredito , vou te bater.

‘’ Mulher medrosa pra dirigir ... ‘’ – assim que chegaram na casa do Sorocaba , foram curtir mais um pouco o churrasco que ainda rolava. 

terça-feira, 26 de março de 2013

Capítulo 115


Acordei com a voz da Bruna e da Marizete em nosso apartamento , pensei até que poderia ser um sonho. Passei minha mão ao lado do Luan , mas não o senti. Abri os olhos e a porta do quarto estava aberta , vi um movimento de um lado para o outro.
Me sentei na cama e arrumei o meu cabelo em um coque mal feito , do mesmo jeito que estava fui andando até a porta do quarto. Lippe ao me ver ,latiu e todos olharam para a porta do quarto , encontrei mesmo a Bruna e a Marizete :
- Bom dia , gente – falei ainda sonolenta. Luan estava deitado no sofá com o braço sobre sua testa , me olhou mandando beijos.
- Jéssica , quanto tempo – Marizete ao me ver , correu para me dá um abraço.
- Oi Mari , muito tempo mesmo. Estava com saudades.
- Que barriga linda , já escolheram o nome ?
- Escolhemos sim , vai ser Miguel.
- Miguel , nome lindo , nome de anjo.
- Exatamente por isso , nome de anjo eu acho lindo mesmo – sorri.
- Cunhada ! Me desculpa estava na sua cozinha mexendo nas panelas ali , o Luan pediu para comer um pão com ovo frito , a mãe estava fazendo mas veio aqui em você. Como está ? Que linda que você ficou assim ...
- (risos) Já acordou com fome , o menino.
- Não comi nada , ontem.
- É verdade , ontem eu quase matei seu filho de fome.
- De fome e quase me batia ontem ...
- Entendo o porque de querer bater nele ,  mas olha eu e a mãe fomos no shopping em Londrina e quando vimos uma coisinha , lembramos de você. Na verdade do seu bebê , é muito lindo , muito fofo , compramos.
- Lá vem vocês ... Deixa eu escovar os dentes , já venho falar com vocês.
Fiz a minha higiene matinal e voltei para a sala , o Luan já não estava ali e sim na cozinha , tomando o seu café da manhã. Bruna e Marizete pegaram a bolsa que tinham levado e sentaram cada uma de um lado :
- Olha que coisa linda ... – Bruna me mostrou um roupãozinho verde , era tão pequeno. Peguei e logo já cheirei , essa mania de cheirar roupas de bebês , achava tudo tão cheirosinho , tudo tão lindo aquele mundinho.
- Muito lindo , que pequenininho – sorri. – Antes essas coisas era pra minha boneca , eu pirando com essas roupinhas de bebê pra colocar em uma boneca. Hoje tudo é de verdade , para o meu bebê de verdade. Vou chorar , gente.
- (risos) Ah ! Que linda , não chora – Marizete me deu um abraço de lado.
- E tem esse outro presente – uma caixinha um pouco grande.
- É um presente meu e do Amarildo , da Bruna também.
 Abri a caixinha e me deparei com um par de sapatinhos e um macacão de marinheiro , também pequenininho. Me apaixonei mostrando ao Luan que sorriu de longe :
- Não me aguento , gente. Preciso mostrar para os amores do Luan , também. O Miguel ganhou um sapatinho desse tamanho e ainda de marinheiro , vou morrer de amores , pelo o meu filho vestido de capitão – todos riram. Luan sentou-se ao lado da Bruna e pegou o roupão. Peguei o meu celular para tirar foto.
- Jéssica agora posta muitas fotos – disse ele.
- Sim , preciso dividir isso com eles.

‘’ Miguelzinho acabou de ganhar esse sapatinho da tia Bruna , que vai mimar muito esse menino , assim como a vovó Marizete. Morri de amores , ainda tem o macacão do marinheiro. Só posto quando o Miguelzinho chegar ! ‘’ – Bruna comentou e curtiu no mesmo instante , o Luan também curtiu e comentou.
* Ansioso demais da conta pela chegada do Miguelzinho ! Filhote que já amo.
- Obrigada gente , obrigada mesmo – agradecei para elas.
- Não precisa agradecer – falou Marizete.
- Jéssica poderíamos fazer um chá de fraldas , o que acha ?
- Tudo bem , vamos sim.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Capítulo 114


- Mexeu – ela sussurrou em meu ouvido.
Coloquei minha mão em sua barriga e o nosso filho se mexia :
- Não escolhemos o nome ainda , não é ?
- É verdade , estava esperando por você. Vamos escolher ?
- Vamos , pega papel e caneta.
Jéssica pegou papel e caneta e sentamos um ao lado do outro :
- Eu anoto no meu papel os nomes que eu quero – disse ela.
- Tudo bem – e assim começamos a escrever os nomes que queríamos para o nosso filho , iríamos escolher qual seria o nome do nosso filho. Ele precisava de nome.
- Eu já escrevi os nomes que eu quero , amor.
- Espera deixa eu só terminar aqui ... e pronto – disse.
Começamos a riscar os nomes que achávamos feio :
- Breno , não ... – dizia ela.
- Mas porque ? É tão bonitinho.
- Não amor , quero algo que tenha anjo.
- E porque escrevemos esses nomes todinho ?
- Pra escolher ...
- Deixa eu ver sua lista – peguei de sua mão e vi um nome que me chamou atenção , mostrei para a Jéssica que sorriu , parecia que também queria aquele nome.
- Miguel , pode ser esse ?
- Você gostou mesmo ?
- Amei !
- Então o nosso filho vai se chamar , Miguel.
- Escutou filho ? Agora você tem um nome , Miguel – Jéssica passou a mão em sua barriga e pude lhe ver emocionada. – Ele  mexeu !
- (risos) Agora você se chama , Miguel. Meu campeão , não vejo a hora de pegar você nos braços , cara vem logo pra gente.
- É meu amor , estamos contando as horas pra poder ver você.
- Agora não para de chutar – fiquei com a mão na barriga da Jéssica , sentindo o Miguel chutar cada vez mais. Era uma emoção que me fazia arrepiar.
- Eu te amo , viu ? Te amo , muito.
- Eu também , linda da minha vida.
- Nem vamos sair ?
- Claro que vamos , bora lá. Deixa eu colocar um short ... – nos arrumamos e saímos no carro , passamos nas ruas movimentadas e em frente das boates sertanejas.
- Amor ... – ela disse meio sonolenta.
- Oi , o que aconteceu ?
- Estou com desejo ... – Jéssica fez uma careta.
- Vamos passar no Mac ?
- Mas com você assim desse jeito ?
- Não tem problema.
- Mas ... não é desejo de Mac.
- É o que então , fala que eu compro pra você ...
- Desejo de comer , uva – ela riu.
- (risos) Uva ?
- Sim , quero muito , muito.
- Vamos pra casa , lá tem ...
- Vamos quero matar esse meu desejo logo.
- E depois parar em um vaso sanitário não é ?
- (risos) Por aí – Jéssica ligou o rádio uma música que passava quando fizemos amor em frente ao seu prédio , debaixo de uma chuva , porém dentro do carro.
 - Lembra  ? – perguntei.
- Como esquecer ? Foi um momento muito louco , nunca tinha feito aquilo naquele lugar , em frente ao prédio de onde eu morava. Simplesmente louco ...
- Eu faria de novo ...
- Eu acho que eu também faria , mas agora não posso mais – passou a mão em sua barriga. Aumentei um pouco mais o som e fomos para casa , com a música tocando.
Já entrando no apartamento , o Lippe se acordou assustado e correu até nós , pensando que fosse alguém desconhecido. Ele estava enorme e tinha que ter muito cuidado para não derrubar a Jéssica , já que ele dava os seus pulos :
- Oi meu amor , ficou com saudades da mamãe – Jéssica amava aquele cachorro , enquanto ela conversava com o Lippe , fui pegar uva e colocar em uma tigelinha , matar o desejo da minha mulher. Lippe latiu.
- Não lati , não ...
- É meu amor , fica quietinho ... – após a Jéssica comer a sua uva , como já  imaginava ela foi correndo para o banheiro. O médico já tinha falado que os desejo que ela sentia , não era exatamente dela e sim do bebê. Por isso ela sempre parava no banheiro quando terminava de comer algo que o bebê desejou.
- Vai pra lá , Lippe. Dormir agora , garotão ... Amanhã brincamos ! – dizia para ele , que relou na perna da Jéssica , passou por mim também e foi para o seu cantinho.
- Estou com sono , agora ...  – caminhamos para o quarto , Jéssica vestiu um moletom meu e foi para a cama , fiquei ao seu lado lhe fazendo carinho. – Tira uma foto da minha barriga ? Eu levanto o moletom e você tira.
Peguei o seu celular e tirei a foto que me pediu :
- Posta , ficou bacana.
- Vou postar sim ,papai lindo ...
- Mamãe gatona !

‘’ É um menininho , gente ! Vai se chamar Miguel , o nome de um anjo. Eu e o Luan escolhemos juntos. E agora ... Quando é hora de dormir , o Miguel começa a se mexer na barriga da mamãe aqui. Beijooos meu , do Miguel e do Lu ! ‘’ – Jéssica postou para todo mundo ver , o quanto estava linda a sua barriga e o quanto iria ficar mais ainda. Coloquei minha cabeça perto do seu ombro , onde fiquei com o nariz perto do seu pescoço sentindo seu cheiro. Coloquei minha mão em sua barriga e ficamos conversando , enquanto o Miguel estava agitado na barriga. Demorou um pouco até adormecermos , o Miguel parou mais um pouco de agitar na barriga da Jéssica , um tempo depois , parou totalmente. Tinha ido dormir.  

Capítulo 113


- Pode começar então , estou ouvindo – Jéssica me dava as costas e procurava algo para fazer e não me olhar , com certeza estava com raiva.
- Para de procurar algo pra fazer , só pra não olhar pra mim – me aproximei dela.
- Luan pra poder te ouvir eu  não preciso te olhar , na verdade eu nem consigo te olhar. Eu larguei tudo pra poder ficar contigo , até a assessoria mesmo porque você me pediu que ficasse em casa , não queria que nada de ruim acontecesse comigo por causa do balanço dos aviões que eu iria pegar. Tudo bem eu entendi essa parte ... Mas você tinha mesmo que fazer isso comigo ? Me deixar aqui , pra poder curtir uma balada lá em Floripa , com a sua ex ? Com a Jade ? Você sabe que eu não fico no seu pé , pedindo pra você ficar em casa e não ir se divertir com os seus amigos. Eu não quero mandar em você e nem tirar o pouco de liberdade que te resta ...
- Jéssica ... Jéssica me escuta – me apoiei no balcão lhe olhando. Ela estava em minha frente com os olhos marejados e sempre arrumando o seu cabelo. – Eu a encontrei por acaso. Se você for acreditar nesses sites de fofocas , não vamos conseguir viver juntos e nem nos casar. Sabe que eles aumentam as coisas. Eu realmente vi a Jade lá , cumprimentei ela e depois disso ela foi embora , eles não postam isso não é ?
- Você não ia me contar , né ?
- Claro que eu ia te contar , amor.
- Quando ?
- Depois que eu saísse do banho , iria conversar com você.
- Duvido ... – ela deu uma risada irônica.
- Iria sim , não quero esconder as coisas de você – passei minha mão em sua cintura e lhe puxei pra mim , onde a abracei forte.
- Eu te perguntei se você estava me traindo , e você me falou que não. Luan ,você anda muito estranho , muito frio , eu não estou  gostando disso. Se foi algo que eu te falei ou que eu fiz , me desculpa. Mas não fica desse jeito comigo ...
- Eu já te falei , eu não estou te traindo. Caramba , Jéssica. Anda muito desconfiada de mim , não pode ter outros motivos por eu estar frio , estranho ou sei lá o que ? Eu preciso estar com raiva de você ou ter te traído ? Você sabe o quanto eu viajo , o quanto eu trabalho , o quanto é cansativo isso. Cara , eu passei duas semanas sem te ver , e estou há várias semanas quase um mês sem ver meus pais. Eu também larguei as coisas em Londrina pra vim morar aqui em São Paulo com você. E é assim que você me trata com desconfiança , sempre perguntando se eu te trai. Porque eu iria fazer isso contigo , Jéssica ? Se eu não gostasse de você , não teria noivado com você , não assumiria esse filho , não tinha deixado a minha família pra ficar contigo.
- Mas lá atrás ...
- Vai começar a falar do passado ?  Vai começar a falar da porcaria da aposta ? Pra mim já deu essa conversa , vou tomar banho antes que eu comece a falar besteiras.
- Você não me deixa terminar de falar ...
- Você não sabe o que falar , Jéssica. Só pensa no passado , e essa não é a discussão de agora. Para de falar do passado em todas as nossas discussões , esquece.
- Nem sabe o que eu iria falar , o seu problema é que você não gosta de escutar as verdades , as coisas. Quer ser o certo em tudo , mas não é assim , Luan.
- Em algum momento eu falei que eu estava certo ? E-U não vou discutir com você , eu te expliquei o que aconteceu , não era isso que você queria ?
- Você é um grosso ...
- Eu sou um grosso ? Você que começa a falar ...
- Mas eu nem terminei de falar , você nem sabe o que eu iria te contar.
- Tudo bem – cruzei os braços. – Comece a falar ...
- Não vou mais , vai tomar o seu banho é melhor.
- Não agora eu quero escutar ...
- Você não vai escutar nada , porque eu não quero mais falar.
- Beleza ! – entrei no quarto batendo a porta com força e fui para o banheiro do quarto. Tomando um banho gelado ,a Jéssica me tirava do sério quando começava a falar daquele passado , do que tinha feito com ela.
Assim que terminei o banho , coloquei uma camisa e fiquei apenas de cueca , arrumei o cabelo e sai do quarto , encontrei a Jéssica chorando no sofá , parei assim que a vi daquele jeito. Sentei ao seu lado para ver se realmente era aquilo que estava vendo:
- Ah não ! Não acredito ... Olha pra mim – pedi segurando o rosto dela.
- Me deixa , seu idiota – ela deu um sorriso e voltou a chorar novamente.
- Jéssica do céu , para com isso.
- Você que tem que parar com isso , sempre me deixa assim.
- Eu te deixo assim ?
- É ... em duas semanas que você passou longe de mim , não me ligou nenhuma vez eu me senti sozinha aqui nesse apartamento , apesar do Lippe me fazer companhia.
- Amor , eu estava trabalhando , era muita coisa , cansei também né  ?
Ela continuava a chorar :
- Ah me desculpa , por ter discutido com você. Me desculpa por ter te deixado sozinha aqui. Vem aqui , meu amor – puxei a Jéssica para mais perto de mim e lhe abracei de lado , beijando o topo de sua cabeça. – Já comeu ?
- Não , não estou com fome.
- Mas tem que alimentar nosso filhote , não pode ficar sem comer. Passa mal depois , vamos se arrumar e sair ? Vamos andar de carro por aí ?
- Você está cansado ...
- Não estou cansado pra você , vamos ?
- Posso ir assim ?
- De pijama , pode uai não vamos sair do carro mesmo. Eu vou assim ... – me levantei e levantei os braços. Jéssica ficou rindo. – Não gostou ?
- Você não sairia assim , eu te conheço.
- Me conheço ao ponto de saber que nesse momento eu estou morrendo de vontade de te dá um beijo , te deitar nesse sofá e não parar de te beijar ?
- Conheço – ela riu. – Vem aqui , que eu vou matar essa sua vontade.
- O seu pedido é uma ordem ... Mas vem aqui – Jéssica saiu do sofá , e eu armei para ficar uma cama. – Agora podemos ficar a vontade.
Deitei no sofá cama e a Jéssica ficou por cima de mim :
- Me dá um beijinho amor ? – ela pedia.
- Vem aqui , buscar seu beijinho – fiz um  bico. Jéssica tentou se abaixar , porém a barriga não deixou e quem acabou fazendo bico foi ela.
- Dói amor , não consigo mais abaixar – disse rindo.
- Vem aqui então meu amor – segurei ela em meus braços e lhe dei um beijo.