domingo, 23 de junho de 2013

Final

‘’ Quando dois corações pulsam no mesmo ritmo , todo o universo a sua volta harmoniza-se. Quando duas almas se encontram e se reconhecem , o tempo é mera ilusão e todo o sofrimento , pequeno espinho do caminho ...
As alegrias simples , transbordam do cálice do amor e os pequenos gestos de carinho , movimentam turbilhões de sentimentos elevados , que alcançam as esferas sublimes emocionando até aos anjos. Esse encontro pode durar um segundo , um mês ou mil anos , mas será eterno o seu encanto.
E o bem que faz aos dois , multiplica-se para milhões , pois que funde-se ao amor divino , objetivo dos objetivos. Esse encontro pode ser dar por um olhar , por carta , telefone , pessoalmente e até telepaticamente.
O que importa , é que as ações , pensamentos e palavras , ficarão eternizadas ecoando pelo cosmos , como ondas de rádio e viajar
pelo espaço infinito , semeando a vida e amor  ‘’


   Hayanni Soares

sábado, 22 de junho de 2013

Capítulo 226

Os anos se passaram os nossos filhos já estavam enormes , Lucas resolveu entrar no mundo da música , começou a tocar em uma banda. No começo algumas pessoas tiveram preconceito por ele ser especial , imaginavam que ele nem iria conseguir tocar alguma coisa. Mas se enganaram , o Lucas arrasava na guitarra.
O Miguel , decidiu fazer faculdade de jornalismo. Lara , ainda estudava , terminava o ensino médio , mas já pensava em fazer o mesmo que sua mãe fez , publicidade e propaganda. Todos resolveram entrar nesse mundo de ‘’ artista ‘’ digamos assim , eu e a Jéssica resolvemos apoiar os três , jamais iríamos ser contra ao que eles queriam ser. O irmão da Jéssica também estava grande e termina o ensino médio , no começo ela sentiu muito ciúme já que o seu pai lhe dava mais atenção.
Mas ela depois entendeu , eu acho. Ás vezes ela implica com o Pedro , mas fora isso está tudo normal. Minha irmã , se casou com o Bernardo , um rapaz que no começo eu nem fui muito com a cara , mas depois tiver que engolir , quando vi a minha irmã vestida de noiva e entrando na igreja. O seu casamento aconteceu em Londrina.
Hoje estava em Porto de Galinhas , onde eu pude ficar com a Jéssica por um bom temo e ainda lhe pedir em namoro. Queríamos reviver tudo aquilo , ficando no mesmo resort que ficamos antes. As crianças ficaram em São Paulo , nos deram alguns dias sem eles , mas isso machucava , não gostávamos de ficar longe dos nossos filhos , apesar que eu viajava muito , por causa dos shows e de outros compromissos :
- Vem aqui , meu amorzinho – puxei ela.
- Aí , Luan !
- O que foi , ‘’muié’’ ?
- Levei um corte aqui – ela me mostrou a sua cintura cortada.
- Onde foi isso , meu amor ?
- Não sei , acho que foi nas pedras no mar ou a areia. Não sei !
- Que louco , vamos passar uma pomada nisso – levei a Jéssica até o quarto que estávamos. Com cuidado passei uma pomada onde estava cortado.
- Obrigada !
- Por nada , minha neném – selei seus lábios.
- Eu te amo , muito.
- Eu também te amo muito – deitei a Jéssica na cama e tirei uma parte do seu cabelo que cobria os seus olhos. Fiquei por cima dela e comecei a distribuir beijinhos.
- Você a cada dia fica mais lindo. O que você faz ? – me perguntou passando sua mão delicada em meu rosto , afastei meu rosto de suas mãos e beijei elas.
- Acho que é você.
- Eu ?
- Sim , você quem cuida de mim. Me deixa mais novo – sorrimos.
- Bobo ! – parei de rir e fiquei sério. – O que foi ?
- Eu tenho tanto medo de perder você , tanto medo que alguma coisa ou alguém tire você de mim , eu não me imaginaria sem ter você perto – ela me olhava atenta. – Se eu te perder prefiro não viver , prefiro não querer acreditar em nada.
- Não me faz chorar , amor – Jéssica mexia em meu cabelo.
- Teu sorriso , teus defeitos , eu amo eles. Cada detalhe seu , cada bobagem que você diz , cada besteira que você faz , cada tom de voz. Eu amo tudo isso em você.
Ela não disse nada , apenas me deu um abraço forte. Beijei a Jéssica e começamos a nos despir , fizemos amor em silêncio , sentindo muito prazer.
Ficamos três semanas em Porto de Galinha , fomos nas piscinas naturais , nadamos com os golfinhos. E até houve uma briguinha , eu senti ciúmes dela , um homem estava lhe olhando demais e quando se aproximou dela , ficou lhe alisando.
Mas tudo foi resolvido , até ela começar a brigar comigo por causa de uma menina que se aproximou de mim e queria me dá um selinho ali na frente dela mesmo , era engraçado o jeito que ela ficava com ciúmes :
- Para de rir , Luan Rafael – ela dizia chateada cruzando os braços.
- É engraçado o jeito que você fica com ciúmes.
- E você acha graça quando você sente ciúmes ? Fica brigando comigo.
- Mas o seu jeito de sentir ciúmes , é engraçado.
- Mas eu não acho graça. Que coisa , Luan. Falta de respeito ela fazer isso e você ainda dá moral pra ela – Jéssica começou a bater em meus braços.
- Pior foi o rapaz te alisando , você com biquíni.
- Ele não me deu um selinho.
- Mas ela não me deu um selinho , ela tentou. Amor , você deveria se acostumar com isso , acontece isso sempre , você sabe.
- Sempre ? Acontece , sempre ? – ela me beliscou.
- Aí , aí ... Para , para de me beliscar.
- Você está me provocando.
- Aí , Jéssica ! Amor , para com coisa.
- Eu quem tenho que pedir pra você parar de ficar dando moralzinha para essas menininhas que querem um beijinho e ir pra cama com o Luan Santana.
Você escutou ? Eu quero respeito.
- Eu estou te faltando com respeito ? Maluca , para.
- Não me chama de maluca.
- Então para de ficar me beliscando e falando coisas nada a ver.
Jéssica se jogou na cama , eu subi em cima dela e comecei a lhe morder.
- Para , para ! Vai ficar marcado e roxo você sabe.
- Eu também vou ficar marcado e roxo , você sabe.
Mordi a Jéssica no pescoço , nos braços enquanto
ela se esperneava e pedia pra mim parar.

Voltamos para São Paulo , em uma sexta-feira mas não paramos em casa.Fomos com os nosso filhos para Londrina , onde iríamos passar um final de semana com os meus pais e os pais da Jéssica. Todo mundo em família. 

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Capítulo 225

Me arrumei no sofá colocando uma almofada em meu colo para que o Luan ficasse mais confortável. Meus dedos começaram a brincar com o cabelo dele , desarrumando-o enquanto fazia penteados nele :
- Não dorme – olhei para o Luan rindo , abaixando o rosto.
- Sério que você não quer que eu durma ? – Luan brincou abrindo apenas um olho e me encantando. Ri balançando a cabeça negativamente.
- Gosto de ficar assim com você -  passei o dedo levemente pela testa dele e desci contornando o seu rosto calmamente.
- E eu gosto da Jéssica carente – abriu os dois olhos me encarando novamente. Estava perdida em pensamentos observando o seu rosto e fazendo o contorno dele com os dedos. Abaixei um pouco o meu rosto e pude sentir os dedos do Luan se prenderem em meus cabelos , enquanto acariciava o seu rosto com o meu polegar fazendo movimento circulares.
Luan partiu o beijo apenas por alguns segundos , para que pudesse se sentar e ficar de frente pra mim que sorri docemente quando ele me puxou para sentar em seu colo.
Potter , o nosso pequeno cachorro que sim , ele ainda existe , estava passando um tempo na chácara do Luan com o caseiro , mas agora estava com a gente. Mas ele naquele momento estava deitado no chão ao lado do sofá e espirrou nos fazendo partir o beijo novamente para podermos dá uma risada , foi engraçado :
- Isso é o que eu chamo de quebrar o clima – ri alto ainda sentada no colo de Luan , olhei para o cachorro que continuava deitado com os olhos fechados
sem saber o que tinha acabado de fazer.
- Sério ! Esse animal me odeia – Luan falou indignado pegando uma almofada para jogar no Potter , mas o impedi de fazer aquilo.
- Luan ! – o repreendi tirando a almofada de sua mão.
- Eu não ia jogar de verdade , amor – falou sincero me olhando – Se alguém visse isso ia até pensar que eu maltrato o Potter.
- Você está nojetinho hoje , já falei isso ?
- Nojetinho porque ?
- Está fazendo mal criação.
- Hmm , nojetinho então  ?- Luan sorriu de lado me olhando. Já sabia o que ele iria fazer , mas antes que eu pudesse se levantar e sair correndo , o Luan apertou várias vezes minha cintura me causando cócegas.
- Nãããão ! Luan , para !
- Você se contorce demais , cara.
- Para amor , não faz isso.
Luan começou a dar pequenos beijos no meu pescoço , fechei os olhos sorrindo e segurei com força a camisa que ele vestia. Aos poucos os beijos foram virando chupões e tive que morder os lábios para evitar que alguns gemidos escapassem.
As mãos dele percorreram meu corpo e pararam em minha cintura apertando por debaixo da blusa , enquanto eu entrelaçava os braços em seu pescoço sentindo o Luan se afastar um pouco para poder me olhar e passar o nariz carinhosamente pelo o meu , me fazendo sorrir docemente :
- Nojetinho e lindo ! – rimos baixo e o Luan prendeu o meu lábios inferior entre seus dentes , puxando-o devagar , me fazendo suspirar pesadamente. Ele segurou o meu rosto com uma das mãos , fechei os meus olhos e o Luan observava cada gesto que eu fazia. Acariciava minha bochecha com o seu polegar e assoprava os meus lábios molhados. Tiramos nossas roupas e nos amamos pela manhã no sofá da nossa casa.

{ ... }

Luan sorriu sozinho vendo a menina daquela forma , ela ficava incrivelmente linda e ainda mais desejável , ela com os olhos fechados e um sorriso no canto dos lábios. Encostou sua boca na dela lhe dando um selinho demorado e depois passou a língua por seus lábios sentindo-os abrirem dando passagem
para encontrar com a língua dela.
Jéssica apertou mais seus braços em volta do pescoço do Luan e encaixou uma de suas pernas entre as dele. Sentiu Luan morder lentamente seu lábio inferior , puxando-o seguidas vezes e sorriu gostando da provocação. Achava incrível a forma como o Luan sabia o que fazer em momentos como aquele , ele conseguia provocar diversas sensações na Jéssica e fazê-la se sentir segura de verdade.
Fizeram amor como nunca tinham feito antes :
- Eu te amo pra sempre ,  meu amor. Pra sempre – Luan sussurrou no ouvido da Jéssica enquanto ela ainda estava de olhos fechados sentindo o prazer que ele lhe dava. Jéssica sorriu ao ouvir o amado dizendo aquelas palavras.
- Eu também meu amor , pra sempre , pra sempre.


quinta-feira, 20 de junho de 2013

Capítulo 224

Já tinha se passado três anos , Miguel e Lucas estavam enormes. Minha filha , com três anos , muito sábia e cada vez mais linda e parecida com a mãe. Em uma quinta-feira , chamei os meus pais , os pais da Jéssica , ela e os nossos filhos para o show , perto de São Paulo. Todos se preparam e foram para o show :
- Vamos fazer aquela moda ? Vamos fazer ? – todos da banda aceitaram.
Olhei para o lado e a Jéssica estava com a Lara , no colo e sentada.
- Hoje vamos fazer uma moda aqui , muito legal. O meu parceiro Daniel  regravou essa canção. Vou dedicar há uma pessoa muito importante na minha vida , que nasceu há três anos atrás , a minha pequena princesa , a minha Lara – todos gritaram. – Não posso esquecer dos meus filhos , Miguel e Lucas , o papai ama demais vocês.
Dei o sinal para todos da banda e assim começaram.
‘’ Fiz essa canção em coma de amor , como sou feliz e sei que estou
Nunca amei ninguém um tantinho assim , sem gostar de quem gostar de mim
Fiz essa canção pro tempo passar , como estou só quero te abraçar
Se é ilusão , desligue a razão , pra bater feliz meu coração
Agora que subi ladeira , sossego
Que a poesia em minha horta choveu , eu te quero aqui
Bem vinda minha vida , linda , calor
Você é vitamina , guia e é show
Vem grudar em mim ...
Por isso então dá-me tua mão
Por isso então dá-me tu amor
Por isso então dá-me tu amor ...

Lara , ô Lara ‘’  - cantei a música e fui até o lado do palco , beijei o rostinho da Lara já estava dormindo e nem viu minha homenagem pra ela. Chamei os meus filhos no palco e fizemos a festa , entregar o microfone na mão do Lucas e do Miguel , era pra nunca mais tirar , eles adorava ficar cantando ,mas tiveram que sair do palco para que eu continuasse o show. Terminando o show , fomos em um restaurante , onde conversamos e comemos carne. Meus pais queriam levar as crianças para a chácara , eu não ia para a chácara , teria que descansar pois no dia seguinte teria show , Jéssica quase não deixava a Lara ir , por ser pequena e ainda ser tão apegada a ela.
Mas a minha mãe e Ana Paula , que também iria insistiu até ela deixar. Eu e Jéssica ficaria em São Paulo , em nossa casa.
Passamos no condomínio , Jéssica foi arrumar a mala das crianças enquanto eu devorava alguma coisa na cozinha e conversava com o meu pai e o meu sogro :
- Por favor ,  não vai fazer outro filho , Luan – disse o Fagner.
- (risos) Três está de bom tamanho.
- O Lucas já se acostumou não é ?
- Já pai , três anos morando com a gente , claro que se acostumou.
- Que legal ! O Lucas é muito especial , muito querido.
- E muito traquina também , se junta com o Miguel ficamos loucos.
- (risos) São crianças , Luan.
- Eu sei que são crianças. Mas cara , vamos assistir o jogo ? Vamos lá pai ?
 - Eu tenho que ir pra casa , deixamos o Pedro em casa com a babá – disse Fagner.
- Ah ! Amanhã já vão pra chácara não é ?
- Vamos sim. Você e a Jéssica deveriam ir.
- Vou ficar relaxando em casa , vai ser muita contra mão , eu ir pra Londrina , depois voltar pra São Paulo , cansativo , prefiro ficar e depois marcar de ir na chácara.
- Tudo bem !
Fomos para a sala e apenas eu e o meu pai assistimos o jogo do Corinthians , já as mulheres estavam no quarto com a Jéssica , as crianças brincavam.

{ ... }

No dia seguinte eu e Jéssica nos despedimos dos nossos filhos , já que iriam para chácara e só voltaria no domingo. Jéssica , como sempre muito chorona e mãe demais , não quis largar os filhos na hora da despedida , mas como ela tinha deixado eles irem e agora estavam com isso na cabeça , ela não poderia ‘’ proibi-los ‘’ :
- Ô meu amorzinho – abracei ela por trás.
- Oi meu amor – Jéssica segurou as minhas mãos.

- Vem aqui , vem – levei ela para o sofá e nos sentamos. 

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Capítulo 223

As contrações pareciam durar uma eternidade , eu tinha a impressão que só tinha passado 15 minutos desde que deitei na cama , me contorcendo de dor. E ainda tomei um susto quando perguntaram se ela ia ser do dia 24 ou do dia 25 de agosto.
‘’ Como assim , já é quase meia-noite ?! ‘’
Não lembro quando o GO chegou , não lembro quando o Luan voltou para a sala vestido todo de azul , como no ‘’ Plantão Médico ‘’ não lembro direito o que aconteceu. Sei que vomitei três vezes antes da anestesia , de dor. Eu comecei a fazer um monte de perguntas , para a enfermeira :
- Não vai fazer efeito ? – perguntei.
- Calma , demora uns 20 minutos ainda – respondeu o plantonista.
- Mas não dá pra tomar mais ?
Ele não me respondeu mais , mas sim me perguntou pois eu tinha ficado calada. A anestesia tinha dado efeito e a dor ficou administrável. Eu sorria e declarava amor eterno ao anestesista , que segurava a minha mão. Tudo ainda doía , mas pelo menos dava para pensar e enxergar alguma coisa na minha frente.
Comecei a fazer a respiração e a força de expulsão ainda no pré-parto , até a cabeça dela aparecer não voltar mais , ficando presa na saída do canal vaginal. Então tivemos que ir para a sala do parto.
Na sala de parto , tudo foi mais fácil , fiz muita força de expulsão. Mas fiquei desesperada porque o Luan teve que esperar eles me prepararem toda , para depois entrar e mandarem eu continuar a fazer força. Deu medo , dela nascer e ele não estar lá. Mas o Luan entrou a tempo , com uma filmadora na mão , registrou tudo e ainda cortou o cordão umbilical. Bastou o meu GO ameaçar que talvez tivesse que fazer o corte da episiotomia para eu fazer a maior força do mundo e a Lara nascer.
O Luan me disse na hora que ela saiu de mim , que o nome da nossa pequena seria Lara. Ela nasceu á 0h11 do dia 25 de Agosto. Chorei de emoção , de felicidade.
Colocaram a Lara em cima de mim , chorando. Falei qualquer coisa e ela parou.
Após isso a levaram para pesar , o Luan foi junto. Terminaram de me costurar. Não foi preciso cortar , mas a passagem da Lara me fez ganhar seis pontos.
Voltei para o pré-parto , que virou pós. Fiquei esperando ela vir , com uma touquinha cor – de – rosa na cabeça , cortesia da maternidade. Amamentei a minha pequena e ela já foi para o berçário tomar banho e ser preparada , me levaram para o quarto.


{ ... }

Quando vi que a minha filha nasceu , eu fiquei pensando em tantas coisas. Mas os meus pensamentos sumiram , quando o GO da Jéssica me chamou para cortar o umbigo umbilical. Fiquei com medo de fazer errado , mas ele me ensinou como eu iria fazer e que emoção. Ela começou a chorar , entreguei a câmera para a enfermeira e peguei a minha filha nos braços , não tinha como não se emocionar , eu chorei sim , quando peguei aquela pequenininha em meus braços.
A enfermeira tirou ela de mim e levou até a Jéssica fiquei do seu lado :
- Ela se chama , Lara.
- Lara ? Que nome , lindo. Meu amor – selei seus lábios , porém a Lara não ficou muito tempo com a Jéssica. A enfermeira levou a minha filha , para tirar todo o sangue.
Pedi que levasse até o vidro onde a Bruna estava vendo emocionada. Mostrei a pulseirinha da minha filha , e ela pôde ver o nome da sobrinha.
Fui para o berçário e filmei tudo. Em seguida segui com a enfermeira para o quarto , Jéssica amamentou a Lara e me lembrei de quando tivemos o nosso primeiro filho , o Miguel , não estávamos tão unidos naquele tempo , mas foi um momento muito especial pra mim , quando eu pude ver a Jéssica amamentando o nosso filho.
- Ela se parece com você , meu amor – sussurrei em seu ouvido , ela me olhou e sorriu
- Parece mesmo , os olhinhos dela.
- Minha duas lindas , amo vocês – segurei o dedinho da Lara.
- Cadê a Bruna ?
- Ficou lá fora ,vou chamá-la.
- Liga pro seus pais e para os meus também , diz que deu tudo certo.
- Seu pai já está vindo aqui , acho que os meus pais vem com ele.
- E as crianças ?
- Vão ficar com a Cida.
- Eles não podem vim ?
- Não pode , amor. São crianças , deixa eu chamar a Bruna -  sai do quarto , a Bruna estava na sala de espera , lhe chamei e entramos no quarto novamente.

Os nossos pais chegaram e ficaram encantados com a Lara. 

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Capítulo 222

Dentro do carro a Jéssica respirava fundo e dizia que estava sentindo muitas dores. Pedi que a Bruna ligasse para o médico que estava acompanhando todo o período de gestação da Jéssica. E ele disse que já estava indo para o hospital , mas já iria comunicar toda equipe de cirurgia , assim a Jéssica apenas chegava e ia para o quarto se preparar para o parto. Ao chegar em frente a maternidade , entreguei a chave do meu carro , ao rapaz que já estava nos esperando :
- Calma , meu amor. Vai dá tudo certo ...
- Aí , amor ! Eu acho que vai ser normal.
- Fica tranquila , Jéssica – disse Bruna.
Pedi que a Bruna fosse com a Jéssica até o quarto com a enfermeira , enquanto eu preenchia a ficha da Jéssica. Em seguida me levaram até o quarto que ela estava :
- Como vai ser ?  Já vão levar ela pra sala de cirurgia ?
- Ainda não , Luan. Ainda não deu a dilatação.
- E quando vai dá esse negócio ?
- Daqui a pouquinho , o bebê tem que está mais pertinho.
- Ela vai continuar sentindo dores ?
- Acabei de dizer pra ela , que se as contrações ficarem frequentes , de 5 em 5 minutos ou até menos , ela aperte aquele botãozinho  , que iremos levá-la para a sala de cirurgia. Mas por enquanto a sua filha está tranquila.
- Mas assim , a bolsa dela já estourou.
- Não tem problema , Luan. Ela ainda tem bastante líquido.
- Tudo bem e o doutor ?
- Ela já está vindo , pode ficar tranquilo. Vou preparar a sala de cirurgia , para quando o doutor chegar , já ser encaminhada. Com licença.
A enfermeira saiu do quarto , Jéssica e Bruna começaram a rir.
- Porque estão rindo ?
- Você todo preocupado , meu amor. Fica tranquilo , as dores vem , mas não estão sendo com frequência , vai dá tudo certo. Não fica nervoso – Jéssica segurou a minha mão , e eu fui pra perto dela , beijando sua testa.
- Eu fico preocupado , mô. Sua bolsa já estourou.
- Eu sei , mas como ela disse a neném ainda nem está perto.
- Gente , eu ainda não sei como vai ser o nome da bebê. Vocês já podem dizer.
- Eu também quero saber , Bruna.
- Você não sabe , Jéssica ?
- Não sei , o Luan disse que só contaria quando ela nascesse.
- Hoje é o dia , Luan.
- Mas ela ainda não nasceu , quando ela nascer vocês vão saber.
- Você vai me deixar curiosa , amor ? Eu não vou saber qual é o nome da minha filha ?
- Meu amor , quando ela nascer você vai saber.
- Tudo bem , não vou conseguir nada mesmo – ela fez um bico.
- Está perto , mô.
- Segurando vela , vou sair do quarto – Bruna saiu do quarto e eu fiquei ao lado da Jéssica na cama , contando umas  coisas que se passaram comigo no passado , coisas engraçadas , em meio as dores , ela dava um sorriso.
Uns segundos se passaram até a Jéssica segurar firme a minha mão e dá um gemido baixinho. Olhei para ela e vi que estava chorando :
- As contrações ?
- Sim , acho que é a hora – apertei  um botãozinho e não demorou muito , uma enfermeira entrou no quarto com uma roupa especial para ela usar.
- Vamos , colocar essa roupa – sai do quarto deixando a enfermeira com a Jéssica.
Encontrei o médico que  me cumprimentou e também cumprimentou a minha irmã.
- Ela já está se preparando.
- Nervoso , rapaz ?
- Demais ! Acho que estou mais nervoso que ela.
- Vou me preparar , o parto dela vai ser normal.
- Fiquei sabendo , vou ficar esperando ela aqui.
- Tudo bem , agora deixa eu me preparar – o médico saiu e
a Bruna me deu um abraço.
- Liga pro pai da Jéssica e diz pra ele , que ela já vai entrar na sala de cirurgia e deixa os meus pais por dentro de tudo também. Eu vou entrar com a Jéssica , acho que você pode ficar do vidro , vendo o parto. Apenas um acompanhante pode entrar.
- Tudo bem , vou ligar pra eles. Mas eu quero ver sim o parto.
- Liga pra eles então ...
Voltei para o quarto a Jéssica já estava vestida , ela segurava forte a mão de uma enfermeira , esticou a outra mão para mim e eu a segurei :
- Você quer anestesia , não é ? –perguntou a enfermeira.
- SIM – ela gritou em meio as dores que ela sentia.
Mandaram chamar um plantonista , pois não daria tempo do anestesista da equipe chegar. E isso deixou a Jéssica, bastante nervosa :
- Cadê ele ? – ela perguntou.
- Calma , está vindo. Já está aqui no hospital em outro andar.
- Mas por que ele não chega nunca ?
- Calma , já vem – dizia a enfermeira.

Quando ele chegou , tivemos ainda de ter a paciência de ouvir tudo sobre o procedimento , entre uma contração e outra. O engraçado foi ver a Jéssica abraçada com a enfermeira chefe , apertando o rosto dela contra o da enfermeira. 

domingo, 16 de junho de 2013

Capítulo 221

- Não , Miguel e Lucas. Sentem-se e prestem atenção – o Luan estava no escritório de nossa casa ,ensinando as crianças a fazer o dever de casa. Um dia antes , teve o aniversário do Miguel , que foi em casa mesmo e só convidamos
 os mais próximos da Família.
Ana Paula já teve o seu bebê , um menino lindo e saudável. Acompanhei todo o parto dela , apesar de não quererem me deixar entrar na sala de cirurgia por eu está grávida , mas foi tudo tranquilo , até o momento que eu vi por onde o filho dela tinha saído , aquilo me bateu a maior agonia e eu tive que sair , indo para a sala de espera.
Agora ela estava em casa , tudo estava tranquilo , o meu pai não sai do seu lado , começou a cuidar de seus negócios em casa , já que ajudava a Ana Paula em algumas coisas com o bebê. Ela até recebeu presente do seu filho Afonso.
Para mim faltava cinco dias para o nascimento enquanto não acontecia isso , eu olhava os homens da minha vida , no escritório tentando fazer o dever com o pai :
- Lucas , presta atenção aqui. Está errado isso , cara – dizia o Luan , eu ficava observando tudo da porta e rindo de como o Luan ás vezes era atrapalhado , para ensinar os filhos. O Lucas , era bem espertinho e até ensinava algumas coisas para o Luan , o deixando impressionado com tanta inteligência. Diziam que pessoas com síndrome de down era daquele jeito mesmo.
- Miguel , que letra é essa aqui ?
- É um ‘’ a ‘’ , papai.
- Isso aqui é um ‘’ a ‘’ , desde quando ? Isso aqui é um O.
Agora diz pro pai , O de que ?
- De avião – comecei a rir , o Luan olhou pra mim um pouco sério.
- Vamos ter que colocar o Miguel em outra escola , eles ensinam assim ? A letra o é de avião agora ? Parabéns para a boa escola.
- (risos) É engraçado você tentando ensinar ao seu filho.
- Não acho engraçado , isso cansa.
- Tudo bem , vou preparar um lanche pra vocês – sai do escritório e fui para a cozinha. Foi lá que senti umas dores mas pensei que seria porque a bebê se mexia. Me enganei ao terminar o lanche dos meninos , senti um liquido escorrer em minhas pernas , fiquei assustada e fui sentar , pois as dores começavam a aumentar.
- LUAN – gritei para que ele fosse até a cozinha. Mas foi sem sucesso já que o escritório era um pouco distante da cozinha. – LUAN VEM AQUI !
- Oi , Jéssica – ele chegou na cozinha e viu a minha cara de dor. – Vai nascer meu amor ? Nossa princesa vai nascer  ?
- Sim , vai nascer.
- Vamos , deixa ... deixa eu só ligar pro meu pai. Deixa eu ver se eles já estão chegando , aguenta , meu amor. Aguenta !
- Não , Luan ! Eu não posso aguentar , eu tenho que ir pro hospital.
- E as crianças ? Vão ficar com quem ?
- Ah ! Liga logo , liga logo – Luan saiu da cozinha , mas logo voltou e falou com o pai por telefone , eles já tinham saído do aeroporto e estava chegando no condomínio.
- Vou pegar a sua bolsa , a bolsa da bebê. Espera – ele saiu correndo para pegar , enquanto isso Lucas e Miguel ficou comigo na cozinha.
- Não chora , mamãe – disse Lucas , era a primeira vez que ele me chamava daquele jeito. Já estava chorando com as dores que eu sentia e chorei mais ainda ao ouvir ele chamando de mãe , que presente.
- Meu amor  - beijei seu rostinho.
- Você vai ficar bem , não é mamãe ? – perguntou Miguel.
- Sim , meu amor. A mamãe vai ficar bem , sua irmãzinha está vindo ao mundo.
- A minha irmãzinha também ?
- Sim , Lucas. Sua irmãzinha também , chama o papai de vocês.
Luan apareceu na cozinha com as bolsa.
- Amor , as crianças elas não podem ir – dizia ele nervoso.
- Eu sei , meu amor. Liga pra Cida vim , rápido.
- Não vai dá tempo , Jéssica.
- Amor , quanto mais a gente conversa , mas dói aqui.
- Calma , meu amor. Vai dá tudo certo a gente vai ... – escutamos a porta se abrir , Luan saiu correndo para a sala. Marizete entrou na cozinha nervosa.
- Minha querida , sua filha vai nascer.
- Sim , vai nascer – eu já chorava. – Eu tinha esquecido como a dor era forte.
- Vem amor , vem. Minha mãe fica com as crianças , agora vamos.
- Você vai levá-la , Luan ? Posso ir com você ? – perguntou Bruna.

- Pode sim , vamos – Luan me segurou junto com a Bruna e me levou para o carro. 

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Capítulo 220

Tudo estava dando certo , primeiro que no dia seguinte fomos para o orfanato dessa vez o Miguel tinha ido para a escola. Luan se encantou de cara pelo o Lucas , que também gostou do Luan , fiquei feliz por ver os dois brincando e rindo. Após a visita do Lucas , fomos no escritório da irmã que tinha me recebido na primeira vez que fui até ali. E o Luan já quis preparar os papeis de adoção , pensa na minha felicidade o sonho que eu tinha há muito tempo , iria ser realizado , eu teria aquela criança em minha casa em breve e aquilo me fazia feliz. Voltamos para casa e quase caímos para trás quando vimos uma coisa , Luan ficou olhando toda a parede da sala :
- Quem fez isso cara ? – perguntou o Luan.
- Eu não acredito ! Miguel Santana , vem aqui agora – o chamei.
As paredes estavam todas riscadas. Ele apareceu na escada :
- Quem mandou você fazer isso ? Não pode riscar a parede da casa , menino.
- Mas o papai disse que eu podia.
- Você disse isso , Luan ?
- Eu disse , Miguel ? Eu disse que podia no seu quarto.
- Nem no quarto dele , ficou maluco ? A parede toda riscada ?
- No quarto dele , tem aquela pintura que sai, amor. 
- Miguel ! Não pode fazer isso. Cadê a Cida ?
- Eu aqui ! Já estava pegando uma coisa para limpar , eu estava limpando o jardim e não vi. Ele sempre faz caladinho as coisas. Mas já vou limpar.
- Pega um pano e limpa também , Miguel.
- Nossa ! Depois eu que sou o grosso com o meu filho.
- Luan , você também vai limpar. Não mandei dá esses giz de cera pra ele , sabendo que o Miguel iria sujar toda a casa. Limpa também.
- Eu limpar ? Eu sabia que ele iria sujar a casa toda ? Sou adivinha agora ?
No final todo mundo acabou limpando a parede.
As obras na instituição de arte , já tinha começado e pedi que o Eduardo me informasse de tudo que estivesse acontecendo na obra da instituição. Ele me contou que a sua avó , Mabel tinha ficado muito feliz quando soube a instituição iria voltar a funcionar fiquei feliz em saber que ela estava feliz com o que iria acontecer , porém fiquei triste pois uns dias depois , ela teve que ser internada , os seus pulmões não estavam nada bem e iria começar um tratamento. Infelizmente eu não podia ir sempre no hospital todos os dias visitá-la , por ter o meu filho , meu marido e a minha agência.
O meu pai voltou para o Brasil junto com a Ana Paula , a barriga dela a cada dia estava ficando linda , redondinha e grandinha , igual a minha. Eu me emocionava a cada chute dado pela a minha princesa e todos os dias pensava em um nome para ela , ainda não tinha discutido nenhum nome com o Luan , pois ele estava fazendo muitos shows , gravando programas de TVs e frequentando muito o estúdio , o seu próximo projeto , já estava sendo montado e ele fazia questão de participar de tudo , o que não sobrava muito tempo para a família e ele se sentia mal por isso , mas ligava para todos , para mim , falava com o Miguel e ainda perguntava pelo o Lucas , mesmo ele ainda não estando com a gente. Ele também falava com os seus pais , óbvio estava longe dele , São Paulo era um pouco longe de Londrina.
            Um mês se passou e a alegria transbordou em mim. Era uma sexta-feira quando decidi que o Miguel não iria para a escola , iríamos até o orfanato eles tinham me ligado pedindo para ir buscar o Lucas , estava tudo certo com as papeladas :
- Hoje é o grande dia , meu filho – disse colocando o Miguel na cadeirinha do carro.
Partimos para o orfanato e o Miguel ficava o tempo inteiro perguntando sobre o Lucas que agora seria o seu irmão , não importava se não era de sangue , mas a partir do momento que eu chegasse com ele em nossa casa , ele já seria o seu irmão.
- Trouxe o Miguel , estou  muito feliz. Esperei tanto por esse dia.
- Vejo o quanto está feliz e ele também está. Todo arrumado , cheiroso.
- Ah ! Que coisa linda – segurei a mão do Miguel e caminhamos até o quarto que o Lucas ficava. E quando entrei , ele estava sendo arrumado por uma outra freira.
 - Meu amor ! Como você está lindo – ele apenas sorriu.
Terminando de se arrumar , ele pegou a bolsinha que a freira que lhe arrumou entregou ,colocando nas costas :
- Ele gosta muito dessa bolsa ...
- Eu sei , ele sempre me mostra ela quando eu venho aqui.
- Que ele seja muito feliz com vocês.
- Ele vai ser sim. Lucas , você conhecer a casa do Miguel ?
- Eu posso ?
- Pode sim , meu amor. Você não só pode , como vai morar com o Miguel , comigo e com o tio Luan. Vamos ? Tem uma coisa te esperando.
Lucas ficou feliz , a despedida foi muito emocionante. Todas as freiras choraram ao se despedir dele , vi o quanto ele era especial para todas :
- Iremos vim aqui sempre visitar vocês. Não quero que o Lucas esqueça de vocês.
- Que Deus te abençoe , abençoe também essa criança que está vindo.

- Obrigada , irmã – lhe abracei e saímos do orfanato. O Luan já tinha comprado uma outra cadeirinha para colocar o Lucas no carro e no caminho ficava sempre olhando o retrovisor , vendo os sorrisos deles , que me deixava feliz. 

domingo, 9 de junho de 2013

Capítulo 219

No dia seguinte fui para o orfanato mas sem o Luan ele ainda não tinha chegado , mas levei o  Miguel comigo e já adorou o Lucas , ficaram brincando enquanto eu conversava com a freira. O meu celular tocou e eu corri para atender em um lugar mais tranquilo , era o Luan ele já tinha chegado em São Paulo :
- Amor ! Eu estou com o Miguel naquele mesmo orfanato. Vem aqui ?
- Você dormiu , aí ?
- (risos) Não ! Eu queria muito que você viesse aqui.
- Ô meu amor ! Estou bem cansado , pode ser amanhã ? Eu prometo que amanhã eu vou cedinho com você no orfanato. Pode ser ?
- Tudo bem ! Daqui a pouco eu estou chegando em casa.
- Estou te esperando , meu amor. Você viu que saiu uma matéria da gente ?
- Ainda não vi  , quando eu chegar em casa você me mostra.
- Pode ser , beijos. Estou te esperando !
Fui até o Miguel e o Lucas já me olhou um pouco triste ele sabia que eu teria que ir embora naquele momento. E o que eu mais queria , ela poder levá-lo junto comigo depois que ele me olhou daquele jeito , com os olhinhos arregalados parecia que iria chorar ,sentei em uma cadeira e chamei os dois :
- Você gostou do Lucas ?
- Gostei sim , mamãe.
- Lucas , você gostou do Miguel ?
-  Sim !
- Amanhã você vai conhecer uma pessoa muito importante pra mim e pro Miguel e que em breve vai ser importante pra você também , porque você vai amar , conhecê-lo.
- O papai vem amanhã ? – perguntou Miguel.
- Sim , o papai vem amanhã conhecer o Lucas.
- Ele pode ir pra nossa casa ?
- Ainda não pode , filho. Mas não vai demorar muito para que ele possa morar com a gente , vai ser bom não é ? – os dois me olharam sorridente.
- Ebaa – eles pularam. Fui até a freira se despedir e quando voltei , também tive que me despedir do Lucas , ele até chorou , não queria que eu fosse embora.
- Amanhã eu volto , não chora.
- Volta mesmo ?
- Volto sim , meu amor – beijei seu rostinho. Sai do orfanato com o coração na mão , mas no caminho comecei a rir das bobagens que o Miguel contava.
Chegamos em casa e quando o Miguel viu o pai saiu correndo para os seus braços , eles já tinham se entendido , Luan já tinha conversado com ele e até foi jogar futebol , no campinho do condomínio. Luan veio me cumprimentar com um beijo :
 - Como você está , meu amor ?
- Estou bem , meu anjo. E você chegou bem ?
- Ótimo , inteirinho  graças a Deus.
- Que bom !
- E a minha filha ? – ele passou a mão em minha barriga.
- Está quietinha , dormindo provavelmente.
- Não vou acordar ,minha linda.
- Luan , precisamos conversar.
- Papai ! Eu conheci o Luquinhas ele é muito legal.
- Luquinhas ? – Luan me olhou sem entender. – Precisamos conversar mesmo.
- (risos) Ele é o terceiro homem da minha vida na família aqui pra gente.
- Hãn ? Me conta isso direito , pode ser ?
- Sem ciúmes , meu amor. O Luquinhas tem cinco anos de idade , é lindo e tem síndrome de down. Mas é muito lindo e bem especial.
- Miguel , vai lá no seu quarto deixei um presente na cama.
- Presente ?
- Sim , vai lá campeão – Miguel subiu as escadas com cuidado e quando não vimos mais ele , sentei ao lado do Luan que já estava na poltrona. – Agora podemos conversar. Acho que ele não volta tão cedo.
- (risos) O que você deu pra esse menino ?
- Um kit de desenho , com giz de cera uns negócio lá. Mas eu quero que me conte mais sobre esse Luquinhas – comecei a contar para o Luan do começo ao fim e ele não tirava o sorriso do rosto. – Você não tirou essa ideia de adotar , não foi ?
- Não ! Eu só conseguir dormir direito quando eu já estiver adotado. E a gente poderia entrar com os papeis para adoção , o que você acha ? Eu só quero uma resposta sua.
Luan abriu o maior sorriso e me deu um abraço de lado , acompanhado de um longo selinho , conhecendo bem o meu marido aquilo era um SIM :
- Eu sabia que você iria aceitar , meu amor. Eu te amo , tanto. Você vai amar o Luquinhas , ele é muito lindo , amoroso , maravilhoso.

- Eu tenho maior orgulho de ser seu marido – ele me beijou.

sábado, 8 de junho de 2013

Capítulo 218

Ao voltar para o Brasil em uma semana seguinte , fui para o consultório acompanhada do Luan e descobrimos que eu estava grávida de uma menina. Ficamos bastante felizes por aquela notícia , seria um casal como tínhamos planejado , mas a imagem de um garotinho que tinha visto com a Ana Paula , quando estávamos saindo de um exame juntas , ainda estava em minha mente.
Pedi que o Luan me deixasse em um orfanato ali em São Paulo , ele não poderia ir e ficar junto comigo , pois tinha compromisso e também não queria me deixar sozinha no orfanato , mas como insisti tanto , ele acabou me deixando em frente ao lugar :
- Cuidado ! – ele disse quando já estava pronta pra sair.
- Fica tranquilo , meu amor – selei seus lábios e sai do carro , ele deu partida e foi embora. A nossa despedida foi daquele jeito , quando eu chegasse em casa eu não encontraria o Luan , já que ele iria fazer um show.
Fui recebida por uma freira , que foi bem simpática e já me levou para dentro do orfanato. Vi um parquinho onde tinha muitas crianças , que foram deixados pelo os seus pais quando ainda era recém nascido ou então foram pegos dos pais negligentes , que maltratavam ou deixavam as crianças sem comer :
- Me desculpa fazer essa pergunta. Mas você é a esposa do Luan Santana tem um filho saudável e está grávida de outro , o que faz aqui ? – perguntou a freira.
- Eu tenho um sonho de adotar uma criança.
- Adotar ? Mas já passa pela sua mente como é essa criança ?
- Eu queria uma criança com síndrome de down.
- Síndrome de Down ? Que engraçado , você tem filhos tão lindos – disse uma mulher se aproximando e que logo de cara não me agradei.
- Você quer dizer que uma pessoa com síndrome de down é feio ?
- Talvez – ela sorriu.
- Olha ! Eu discordo do que você falou agora , pessoas com síndrome de down é muito especial , é muito querido e tem um coração tão bom e são lindos. Pena que você não seja igual a eles , que são maravilhosos – dei as costas para aquela mulher e fui até a freia que sorria para mim.
- Ela é sempre assim , não ligue para as coisas que essa mulher diz.
- Eu sei que vocês tem crianças assim e eu queria muito ver , poderia me mostrar ?
- Me acompanhe – segui a freira e entramos em uma sala  muito especial , tinhas algumas crianças com síndrome de down que estava brincando , tinha até bebês que foram abandonados no hospital. – Eles são tudo o que você falou , amorosos , carinhosos , maravilhosas tem um coração muito bom.
Me sentei em uma cadeira e chamei uma criança pra perto de mim , já veio me dando um abraço e um beijo. Era um menino , provavelmente tinha os seus cinco anos :
- Tudo bem com você , meu amor ? -  perguntei o colocando em meu colo.
- Tudo tia ... – me encantei logo de cara por aquele menino , ele não ficou  muito tempo em meu colo , quis sair logo , pois disse que iria me machucar.
- Não vai  machucar , o bebê está aqui dentro.
- É um menininho ?
- Não ! É uma menininha. Você queria morar comigo ? – já fui breve , ele me olhou um pouco assustado mas depois abriu um sorriso e afirmou com a cabeça. – A tia vai vim muitas vezes aqui te ver , até você ir poder morar com a tia , tudo bem ?
- Tudo bem , tia ! Posso brincar ?
- Pode sim , meu amor – ela saiu correndo até os seus amiguinhos , ele tinha me tocado muito , era especial e tinha síndrome de down. Fui até a freira.
- Você gostou dele , não foi ?
- Gostei sim , eu vou trazer o Luan aqui para conhecê-lo. Eu gostei muito dele e quero logo entrar com os papeis de adoção. Muito doce , me encantei de verdade.
- Fico feliz , ele é um menininho que chegou aqui recém nascido , foi abandonado pelo os pais e nós críamos ele até hoje , ele tem cinco aninhos. Podemos conversar sobre ele , no escritório você quer me acompanhar ?
- Eu não posso ficar muito aqui , mas eu quero sim saber mais sobre ele. Acabei de sair de um exame , descobri que estou  grávida de uma menina e eu ainda não pude comemorar isso com os meus familiares. Mas amanhã eu venho , para comemorar junto com ele ,mas não me disse o nome dele , qual é o nome ?
- Tudo bem querida ! O nome dele é Lucas.
- Lucas ? Que nome , lindo.
- Eu vou esperar você aqui junto com o Luan , já deixaria a entrada de vocês liberada para ver o Lucas e qualquer coisa pode ir ao escritório eu sempre estou por lá.

- Obrigada , irmã. Amanhã irei vim sim – fomos abraçadas até a saída , ela não tirava a mão de minha barriga e me falava coisas lindas. Nos despedimos , peguei um taxi e fui para o condomínio. Como eu já sabia , não encontrei o Luan em casa , apenas o meu filho , acompanhado da Cida. Ela me disse que o Luan foi para a viagem , radiante de felicidade e disse que ele tinha ligado para todos avisando qual era o sexo , o Luan sempre apressado e ansioso. Peguei o meu celular e tinha milhões de chamadas e mensagens , umas que já sabiam , me mandando mensagens de parabéns , tinha ligação do Amarildo ,  Marizete , da Bruna e de outros amigos e familiares de ambas as parte.