Capítulo 206

- Caramba , lugar legal – faltava dois dias para o meu casamento , Jéssica ficou muito chateada por eu ter saído com os meus amigos , para uma suposta despedida de solteiro , mas eu não iria fazer nada que pudesse atrapalhar o nosso momento.

- A Jéssica ficou muito chateada por eu ter vindo , o que vocês vão fazer comigo ?

 - Hoje é sua despedida de solteiro , certo ?

- Não sei  , é ?

- (risos) Somos comprometidos aqui também ,  mas nossas mulheres deixaram que fizéssemos essa despedida de solteiro para você. Relaxa , só vamos testar se você realmente deve se casar.

- Como assim testar ? Cara, eu me caso daqui há dois dias. Não complica minha vida , por favor. Não quero perder minha mulher.

- Fica calmo , vem aqui parceiro – disse o Roberval.

- A Kermelly , sabe que você está aqui ? Ela apoiou ?

- Sem perguntas , por favor. Porque eu também estou ferrado , ela nesse momento deve está com a Jéssica , se mordendo de raiva.

A balada que estávamos não tinha muita gente , na verdade a boate tinha sido fechada e só estava funcionando para os homens que estavam comigo. Eles me levaram até um palco baixo e me fizeram sentar em uma cadeira vermelha.

Sentei na cadeira e quando  olhei para frente , vi uma mulher de lingerie vermelha vindo em minha direção , todo o meu corpo ficou gelado , olhei para os meninos que estavam rindo da minha cara de assustado. Tentei sair da cadeira , mas uma outra mulher me segurou. A moça de lingerie vermelha , começou a rebolar na minha frente em seguida pegou a minha mão e começou a passar pelo o seu corpo , muitas vezes tentei puxar a minha mão , mas não teve jeito.

Mais duas mulheres com lingerie apareceram , dessa vez ela se sentavam em meu colo e fazia movimentos sensuais , fechei os meus olhos e fiquei pensando em outra coisa :

- Vai ter troco – disse rindo.

Terminando aquela tortura nos divertimos um pouco e fomos para o condomínio , ao chegar em casa junto com o Roberval , fomos até o meu quarto , porém , escutamos risadas de homens e um som de balada , não tão alto , tentei abrir a porta , mas estava trancada por isso bati forte , mas nada de ninguém abrir. O pai da Jéssica apareceu e ele estava com cara de sono :

- O que houve aqui ? – perguntou ele.

- Tem homens dentro do quarto da minha mulher é isso ?

- Fagner , você viu pra onde a Kermelly foi ?

- Não , Roberval. Luan , acho que estão assistindo algum filme. A Bruna também está aí dentro , pelo o que eu sei. Só fiquei meio assustado , quando ouvi batidas.

O quarto dele não era no mesmo corredor do quarto que eu estava :

- Jéssica abri essa porta – bati forte. – Ninguém abre !

- Eu vou dormir , qualquer coisa vai lá embaixo e me chama.

- Não dá pra escutar esse barulho lá de baixo ?

- Não cara ! Não dá pra escutar , nada – o Fagner foi para o seu quarto , então puxei o Roberval e saímos da casa e demos a volta no jardim , dava para ver a janela. E fiquei mais irritado , por saber ver um homem sem camisa na janela , ele dançava mas depois foi puxado por alguém.

- Se a Kermelly estiver nesse quarto , eu não sei o que eu faço.

- Eu faço o parto da Jéssica agora , sumo com os meus filhos

ela nunca mais vai vê-los – Roberval começou a rir. – O que foi ?

- Fazer o parto da Jéssica ?

- Cara , não é horas de perguntas. Vamos agir , pega uma pedra , sei lá.

Roberval pegou uma pedra e quando íamos jogando , o barulho acabou , as luzes de balada também acabaram. Corremos para a casa e encontramos dois homens já vestidos , descendo as escadas :

- Quem são vocês ? O que fazem aqui ? Porque estavam no meu quarto , com a minha mulher ? Será que podem falar alguma coisa ? – perguntei impaciente.

Os dois homens se entreolharam e fizeram sinal de negação , saíram da casa. Roberval já tinha subido , então corri para o quarto , vi a Jéssica segurando uma algema :

- Posso saber o que aconteceu aqui ? – perguntei sério e ela jogou a algema na cama , como se estivesse assustada.