- Não vai pensar besteira , Luan. Ele
é apenas o filho da minha madrasta.
- Não estou falando nada – dei um
sorriso forçado.
Jéssica me mandou ir para o quarto ,
onde capotei na cama depois de tomar o café da manhã e ela ficou arrumando
algumas coisas no apartamento. Escutei um ‘’ Ai ‘’ da Jéssica , baixinho que
veio da sala mas achei que não seria nada , foi então que escutei os latido do
Lippe , bem ao lado da minha cama :
- Eiita ! Lippe , para de latir – me
sentei na cama e não ouvi a voz da Jéssica. Fui para a sala e a encontrei com a
mão no rosto e chorando , ela estava sentada no sofá , me assustei ao vê-la
daquele jeito. – O que foi meu amor ?
- Não foi nada ...
- Fala , Jéssica. Não me deixa
preocupado – tirei sua mão do seu rosto e os seus olhos estavam vermelhos. – Eu
sou seu namorado , me conta , eu vou te ajudar.
- Eu comecei a sentir aquelas dores
nas costas novamente.
- E o que você fez pra poder sentir
as dores novamente ? Me conta ...
- Eu só varri aqui a sala e fui pegar
uma coisa que caiu no chão e começou a doer muito. Eu tenho medo que isso possa
agravar , sei lá.
- Para , Jéssica ! O médico disse no
quarto lá em Porto de Galinhas , que você não poderia fazer muito esforço ,
pois você machucou as costas nas duas quedas e ainda te recomendou um remédio ,
onde é que esta esse remédio ?
- Dentro do meu guarda-roupa , em uma
caixinha azul.
Fui as pressas para o quarto e
encontrei a caixinha azul pegando uma cartela do remédio que estava inteira ,
nenhum comprimido tomado :
- Posso saber o que é isso ?
- É um remédio ?
- Jéssica , você não tomou nenhum.
Como é que você quer ficar boa assim ?
- Mas eu não estava sentindo dores.
- Não importa se você estava ou não ,
o médico mandou você tomar.
- Eu pensei que seria só quando
estivesse dor.
- Não , ele mandou você tomar todos
os dias e ainda disse o horário em uma prescrição , e você não esta fazendo isso. Agora você vai tomar
dois hoje.
- Não vou , apenas vou tomar um ...
- Você vai tomar um agora e antes de
eu ir pro hotel você vai tomar outro e sem discussão. Você tá parecendo uma
criança.
- Se eu não quiser tomar eu não tomo
...
- Você quem sabe , se quiser ficar
com dores. Isso é um problema seu.
- Vamos discutir aqui mesmo ?
- Eu não estou discutindo , só estou
dizendo o que é bom pra você. Mas se não quer tomar , tudo bem , você quem
sabe. Vou guardar ... – sai indo para o quarto.
- Eu vou tomar , tá bom ? – olhei pra
ela sorrindo que fez careta , fui até a cozinha , peguei um copo com água e lhe
dei com remédio. Fiquei ao seu lado lhe abraçando e fazendo as vezes uma
massagem em suas costas. Na hora do almoço , mesmo sem saber algumas coisas
tentei ajudar a Jéssica e assim almoçamos juntos. Lavei a louça para ela e
fomos para o banheiro escovamos os dentes e já nos arrumamos :
- Jéssica ? Filha ? – era o Fagner.
- Oi pai , estou aqui no quarto.
- O Luan ainda esta aí ?
- Sim , sim ... O que aconteceu ?
- O Afonso acabou de chegar.
- Sério ? – vi que ela estava bem
animada para conhecê-lo.
- Sério , a Ana Paula foi buscar o
Afonso no aeroporto.
- Ah ! Tudo bem já estamos saindo –
terminamos de nos arrumar e fomos para a sala. Não demorou muito e o Afonso
junto com a Ana Paula chegaram. Ele era um rapaz meio loiro , olhos verdes e
musculoso , se parecia um pouco com a Ana Paula.
- Jéssica , esse aqui é o meu filho
Afonso , ele vai aprender a falar português.
- Olá , Afonso. Como vai ? – Jéssica
se levantou e abraçou o rapaz. – Esse aqui é o meu namorado , o Luan.
- E aí cara , beleza ? – apertei a
sua mão e lhe dei um abraço.
- Como estas ? Te reconozco de alguna
parte – ele realmente não falava português.
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